O Nome papal ou Nome pontifício é um nome formal utilizado pelos papas durante o seu pontificado, em detrimento do seu nome de batismo. Alguns monarcas desde a Idade Média também possuem um costume semelhante, adotando um nome de reinado. Esse costume remonta ao século VI e possui um importante significado simbólico.
Antes do século 10, apenas seis papas haviam mudado de nome por razões diversas, sendo que a primeira exceção foi João 2º em 533, que tinha o nome do deus pagão Mercúrio. Elee decidiu que não seria apropriado para um papa portar o nome de um deus pagão romano e decretou que ele deveria ser chamado de João II. Desde o final do século X os papas tem habitualmente escolhido um novo nome durante o seu pontificado, no entanto, até o século XVI alguns pontífices usaram seus nomes de
batismo. O último papa a usar seu nome de batismo foi Marcelo II em 1555.
Desde o galileu Simão Pedro, fundador da Igreja Católica e morto como mártir no ano 64, nenhum de seus sucessores se atreveu a repetir seu nome. Nem sequer João 14 (983) e Sérgio 4 (1009), os dois sucessores que foram batizados com o nome do apóstolo.
O primeiro nome a ser repetido pelos chefes da Igreja Católica foi o Sixto, enquanto os mais adotados foram João (22) [o papa João 16 foi um antipapa --eleito por meios não-canônicos-- e por essa razão seu número não pôde mais ser usado], Gregório (16), Clemente e Bento (14), Leão e Inocêncio (13) e Pio (12), sempre acrescentados por algarismos romanos.
O nome do novo papa é visto como um sinal ao mundo de que atitudes e políticas marcarão seu pontificado, como por exemplo, Bento XVI, que possivelmente escolheu o nome Bento em homenagem ao último papa que adotou esse nome, o italiano Giacomo della Chiesa, entre 1914 e 1922, conhecido como o "Papa da paz", Bento XV tentou negociar a paz durante a Primeira Guerra Mundial. Além disso, Bento XVI sempre foi muito ligado espiritualmente ao mosteiro da beneditino de Schotten, perto de Ratisbona, na Baviera.
Nunca houve um Papa Pedro II, sendo que os bispos de Roma eleitos se abstém de escolher este nome, como parte da tradição de somente São Pedro, príncipe dos apóstolos, nomeado pelo próprio Cristo, deve ter essa honra. Isso pode ser observado pelo fato de que muitos papas tinham "Pedro" como seu nome de batismo, mais ao serem eleitos o mudaram, como por exemplo, Pedro Canepanova, que quando foi eleito papa no século X, escolheu o nome de João XIV. Também existe uma lenda, de acordo com algumas interpretações das profecias de São Malaquias, que Pedro II será o suposto nome que adotará o último papa.
Em 1978, o Cardeal Albino Luciani tornou-se o primeiro Papa a ter um nome duplo, ele tomou o nome de João Paulo I, para honrar seus dois antecessores imediatos – os Papas João XXIII e Paulo VI, e sua intenção de aplicar os decretos do Concílio Vaticano II. João Paulo I foi também o primeiro papa em quase 1.100 anos que escolheu um nome papal inédito desde o Papa Lando em 913. Depois de João Paulo I morreu repentinamente logo depois, o cardeal Karol Józef Wojtyla foi eleito e, querendo continuar o que João Paulo I tinha começado, escolhendo o nome João Paulo II.
Por que o papa Karol Woytyla teve seu nome trocado para João Paulo 2º?
A escolha do nome do papa é feita pelo próprio cardeal, por motivos pessoais, históricos e para marcar o sentido de seu pontificado.
Papa se aposenta?
A função do papa é vitalícia e nunca nenhum papa se aposentou na história da Igreja Católica. O papa pode, no entanto, renunciar por vontade própria.
O que acontece se o papa renuncia?
A legislação da igreja diz que um papa pode renunciar por vontade própria, mas não existem nela dispositivos que prevejam o que fazer no caso da possibilidade muito real de um papa estar vivo, mas incapacitado.
O último papa a ter renunciado por vontade própria foi Celestino 5º, que deixou de ser papa em 1294. O papa Gregório 12 abdicou a contragosto em 1415, quando havia mais de um papa.
Um fator que complica a situação ainda mais é que não existem leis que tratem especificamente do que fazer se o papa está vivo mas não pode se comunicar --por exemplo, se está em coma.
O papa é um político?
O papa é o soberano do Estado do Vaticano, um território regido por leis próprias, independente da cidade de Roma e do governo italiano.
Quais os títulos do papa?
Além de soberano do Estado do Vaticano, o papa tem tem muitos outros títulos espirituais: bispo de Roma, vigário de Cristo, sucessor de são Pedro, sumo pontífice da Igreja Católica, patriarca do Ocidente, primaz da Itália e arcebispo da régio metropolitana de Roma.
Como o papa é escolhido?
O novo papa é escolhido pelos cardeais reunidos em conclave, que deve começar entre 15 e 20 dias depois da vacância da sede apostólica.
História
Originalmente, os papas mantinham seu nome de batismo, mas isso mudou em 996 quando Gregório 5º renunciou ao nome de batismo, Bruno, um exemplo que foi seguido por 131 de seus 133 sucessores, entre eles o polonês Wojtyla.Antes do século 10, apenas seis papas haviam mudado de nome por razões diversas, sendo que a primeira exceção foi João 2º em 533, que tinha o nome do deus pagão Mercúrio. Elee decidiu que não seria apropriado para um papa portar o nome de um deus pagão romano e decretou que ele deveria ser chamado de João II. Desde o final do século X os papas tem habitualmente escolhido um novo nome durante o seu pontificado, no entanto, até o século XVI alguns pontífices usaram seus nomes de
batismo. O último papa a usar seu nome de batismo foi Marcelo II em 1555.
Desde o galileu Simão Pedro, fundador da Igreja Católica e morto como mártir no ano 64, nenhum de seus sucessores se atreveu a repetir seu nome. Nem sequer João 14 (983) e Sérgio 4 (1009), os dois sucessores que foram batizados com o nome do apóstolo.
O primeiro nome a ser repetido pelos chefes da Igreja Católica foi o Sixto, enquanto os mais adotados foram João (22) [o papa João 16 foi um antipapa --eleito por meios não-canônicos-- e por essa razão seu número não pôde mais ser usado], Gregório (16), Clemente e Bento (14), Leão e Inocêncio (13) e Pio (12), sempre acrescentados por algarismos romanos.
Simbolismo
A rigor, o papa escolhe o nome que quiser para ser chamado durante seu pontificado - o tempo que ele passará como líder maior da Igreja Católica. Mas, recentemente, a escolha tem sido norteada por dois critérios principais. Primeiro, muitos papas têm homenageado apóstolos de Jesus, usando nomes como João ou Paulo, ou junções, como João Paulo. Mas a escolha também tem a função de indicar a linha da administração do papa.O nome do novo papa é visto como um sinal ao mundo de que atitudes e políticas marcarão seu pontificado, como por exemplo, Bento XVI, que possivelmente escolheu o nome Bento em homenagem ao último papa que adotou esse nome, o italiano Giacomo della Chiesa, entre 1914 e 1922, conhecido como o "Papa da paz", Bento XV tentou negociar a paz durante a Primeira Guerra Mundial. Além disso, Bento XVI sempre foi muito ligado espiritualmente ao mosteiro da beneditino de Schotten, perto de Ratisbona, na Baviera.
Nunca houve um Papa Pedro II, sendo que os bispos de Roma eleitos se abstém de escolher este nome, como parte da tradição de somente São Pedro, príncipe dos apóstolos, nomeado pelo próprio Cristo, deve ter essa honra. Isso pode ser observado pelo fato de que muitos papas tinham "Pedro" como seu nome de batismo, mais ao serem eleitos o mudaram, como por exemplo, Pedro Canepanova, que quando foi eleito papa no século X, escolheu o nome de João XIV. Também existe uma lenda, de acordo com algumas interpretações das profecias de São Malaquias, que Pedro II será o suposto nome que adotará o último papa.
Em 1978, o Cardeal Albino Luciani tornou-se o primeiro Papa a ter um nome duplo, ele tomou o nome de João Paulo I, para honrar seus dois antecessores imediatos – os Papas João XXIII e Paulo VI, e sua intenção de aplicar os decretos do Concílio Vaticano II. João Paulo I foi também o primeiro papa em quase 1.100 anos que escolheu um nome papal inédito desde o Papa Lando em 913. Depois de João Paulo I morreu repentinamente logo depois, o cardeal Karol Józef Wojtyla foi eleito e, querendo continuar o que João Paulo I tinha começado, escolhendo o nome João Paulo II.
A prática corrente
Imediatamente após um novo papa ser eleito no conclave, e aceitar sua eleição, o Decano do Colégio dos Cardeais pergunta: "Com que nome você deve ser chamado?", o novo papa escolhe seu nome pontifício. Em seguida, o Decano aparece na sacada da Basílica de São Pedro para fazer a proclamação Habemus Papam, em que anuncia o nome de batismo e o nome pontifício do novo papa.Latim | Tradução portuguesa |
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Fumaça branca nos céus do Vaticano indica que um novo nome já foi escolhido
- 1. Quando o papa morre, o camerlengo — cardeal que assume a igreja interinamente — cumpre um ritual. Ele toca três vezes a testa do papa com um martelinho e o chama pelo nome de batismo. Sem resposta, ele anuncia oficialmente o falecimento
- 2. O conclave começa 18 dias após a morte do papa, tempo necessário para que os cardeais de todo o mundo cheguem a Roma. Eles se reúnem num edifício ao lado da Basílica de São Pedro e recebem um livro contendo parte da vida e da obra de cada um dos cardeais presentes ao conclave — todos candidatos a ser o novo papa
- 3. A eleição é na Capela Sistina, famosa pelas pinturas do genial Michelangelo (1475-1564). Cada cardeal indica o colega que quer como papa e põe o voto (secreto) num cálice. É difícil algum nome receber logo as indicações necessárias: dois terços mais um voto. Por isso, ocorrem várias votações, duas por dia, até surgirem candidatos fortes que consigam atrair cada vez mais apoio
- 4. No fim de cada rodada, os votos são contados e queimados. Se nenhum cardeal atingiu os dois terços, os votos são queimados com um produto químico que gera uma fumaça negra que sai da capela. Se a votação indicou um novo papa, os votos são queimados com um produto que torna a fumaça branca
- 5. Quando um cardeal atinge dois terços mais um dos votos (ou a maioria simples após 30 votações), o camerlengo pergunta ao vitorioso se ele aceita ser papa e qual nome deseja usar. Depois, o camerlengo vai ao balcão de pregações na Basílica de São Pedro e diz a famosa frase: Habemus papam, ou seja, "temos um papa"
Frequência
Nome | Frequência | |
---|---|---|
João | 23 | |
Gregório | 16 | |
Bento | 16 | |
Clemente | 14 | |
Inocêncio | 13 | |
Leão | 13 | |
Pio | 12 | |
Estêvão | 9 | |
Bonifácio | 9 | |
Urbano | 8 | |
Alexandre | 8 | |
Adriano | 6 | |
Paulo | 6 | |
Celestino | 5 | |
Martinho | 5 | |
Nicolau | 5 | |
Sisto | 5 | |
Félix | 4 | |
Sérgio | 4 | |
Anastácio | 4 | |
Honório | 4 | |
Eugênio | 4 | |
Silvestre | 3 | |
Vítor | 3 | |
Lúcio | 3 | |
Calisto | 3 | |
Júlio | 3 | |
Pelágio | 2 | |
Adeodato (ou Deusdedit) | 2 | |
Teodoro | 2 | |
Marino | 2 | |
Agapito | 2 | |
Damaso | 2 | |
Pascoal | 2 | |
Gelásio | 2 | |
Marcelo | 2 | |
João Paulo | 2 | |
Pedro | 1 | |
Lino | 1 | |
Anacleto (ou Cleto) | 1 | |
Evaristo | 1 | |
Telésforo | 1 | |
Higino | 1 | |
Aniceto | 1 | |
Sotero | 1 | |
Eleutério | 1 | |
Zeferino | 1 | |
Ponciano | 1 | |
Antero | 1 | |
Fabiano | 1 | |
Cornélio | 1 | |
Dionísio | 1 | |
Eutiquiano | 1 | |
Caio (ou Gaio) | 1 | |
Marcelino | 1 | |
Eusébio | 1 | |
Melquíades | 1 | |
Marcos | 1 | |
Libério | 1 | |
Sirício | 1 | |
Zósimo | 1 | |
Hilário | 1 | |
Simplício | 1 | |
Símaco | 1 | |
Hormisdas | 1 | |
Silvério | 1 | |
Vigílio | 1 | |
Sabiano | 1 | |
Severino | 1 | |
Dono | 1 | |
Agatão | 1 | |
Cónon | 1 | |
Sísinio | 1 | |
Constantino | 1 | |
Zacarias | 1 | |
Valentino | 1 | |
Formoso | 1 | |
Romano | 1 | |
Lando | 1 |
Referências
- ↑ McCLintock, John. 1891. Cyclopaedia of Biblical, Theological, and Ecclesiastical Literature. Harper & Brothers. Pág.: p. 82. (Available online)
Curiosidades sobre a escolha do papa e o pontificado
da Folha OnlinePor que o papa Karol Woytyla teve seu nome trocado para João Paulo 2º?
A escolha do nome do papa é feita pelo próprio cardeal, por motivos pessoais, históricos e para marcar o sentido de seu pontificado.
Papa se aposenta?
A função do papa é vitalícia e nunca nenhum papa se aposentou na história da Igreja Católica. O papa pode, no entanto, renunciar por vontade própria.
O que acontece se o papa renuncia?
A legislação da igreja diz que um papa pode renunciar por vontade própria, mas não existem nela dispositivos que prevejam o que fazer no caso da possibilidade muito real de um papa estar vivo, mas incapacitado.
O último papa a ter renunciado por vontade própria foi Celestino 5º, que deixou de ser papa em 1294. O papa Gregório 12 abdicou a contragosto em 1415, quando havia mais de um papa.
Um fator que complica a situação ainda mais é que não existem leis que tratem especificamente do que fazer se o papa está vivo mas não pode se comunicar --por exemplo, se está em coma.
O papa é um político?
O papa é o soberano do Estado do Vaticano, um território regido por leis próprias, independente da cidade de Roma e do governo italiano.
Quais os títulos do papa?
Além de soberano do Estado do Vaticano, o papa tem tem muitos outros títulos espirituais: bispo de Roma, vigário de Cristo, sucessor de são Pedro, sumo pontífice da Igreja Católica, patriarca do Ocidente, primaz da Itália e arcebispo da régio metropolitana de Roma.
Como o papa é escolhido?
O novo papa é escolhido pelos cardeais reunidos em conclave, que deve começar entre 15 e 20 dias depois da vacância da sede apostólica.
FONTES:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Nome_papal
http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u82779.shtml
http://mundoestranho.abril.com.br/materia/como-os-papas-escolhem-seu-nome
http://mundoestranho.abril.com.br/materia/como-e-a-eleicao-do-papa-por-que-ele-recebe-um-nome-especial
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