Movido pelo intenso desejo de servir a Deus e sedento por obedecer ao seu líder, o rei Davi, Uzá acabou cometendo um grave erro que culminou com a perda de sua vida. A morte de Uzá é um triste exemplo de como o desconhecimento das leis de Deus aliado à obediência cega a um líder pode causar a morte de um servo do Senhor.
Este texto irá abordar os seguintes assuntos:
- Os erros de Davi: Davi agiu como alguns tipos de líderes que querem estar bem com o povo, fazer a vontade deles e ao mesmo tempo ver se a sua vontade está de acordo com o gosto dos liderados. DAvi deu ordens para transportar a arca como os Filisteus fizeram. Os filisteus simbolizam o mundo e Davi estava imitando o mundo. Mas isso tem ocorrido em muitas igrejas hoje. Tem muitas igrejas se mundanizando, ao invés de observarem a Palavra de Deus observam as últimas novidades e como podem aplica-las em suas igrejas, são como os atenienses na época de Paulo, que só queriam saber as últimas novidades (At 17.21).
- Os erros de Uzá: Como netos de Abinadabe, filhos de Eleazar, ele deveria saber muito bem como Arca deveria ser transportada. Deveriam saber que a maneira como o rei estava fazendo estava totalmente errada. Outro problema aqui detectado é o que podemos chamar de culto à celebridade. Uzá e Aiô deixaram de seguir a Deus para seguir o rei Davi. O rei deveria ser corrigido, mas nenhum deles deve coragem de desafiar as suas ordens. O fato de Uzá ter crewcido ao lado da Arca, na casa de seu avô. pode ter gerado sentimento de excessiva familiaridade com a mesma. Não tinha zelo pelo sagrado, pois tornara-se corriqueiro para ele. Daí comportou-se como o rei queria, pois para ele aquilo não importava muito.
- Aplicações desta história para a igreja: Nas igrejas, hoje em dia, muitos líderes espirituais considerados ungidos como o rei Davi, ensinam suas próprias maneiras e doutrinas como se fossem iguais às do Senhor. Negando, e às vezes contrariando, a própria palavra de Deus, tais líderes seguem a sua própria autoridade, mudando a lei de Deus para seu próprio benefício, e enganando um povo simples que não tem a prática de buscar a vontade e a autoridade do Senhor nas Escrituras.
O contexto histórico (como a Arca saiu de Jerusalém).
Na época do sacerdote Eli os seus dois filhos Hofni e Finéias, que eram também sacerdotes, estavam em pecado. Apesar de eles serem responsáveis em levar o povo a cultuar a Deus e interceder por ele, estes dois sacerdotes estavam agindo na contra mão das suas funções. Além de menosprezarem o sacrifício a Deus oferecido pelo povo, eles também se deitavam com as mulheres que serviam à porta da tenda da congregação (1Sm 2.12-17, 22-26). O Senhor então falou para o sacerdote Eli que sua família não continuaria mais no sacerdócio e o sinal que Eli receberia como prova de que isso provinha do Senhor era que os seus dois filhos morreriam no mesmo dia, pois Eli honrava mais aos seus filhos que a Deus (1Sm 2.27-34). Entenda uma coisa, os filhos do sacerdote Eli eram sacerdotes, mas eram homens que segundo a Bíblia, eram filhos de Belial, ou seja, eles eram homens sem valia ou rebeldes. Homens que não se importavam com o Senhor (1Sm 2.16).
Nesse período, houve uma guerra entre Israel e os Filisteus. Na primeira batalha os filisteus venceram (1Sm 4.2), então os israelitas tiveram a brilhante ideia de levar para o campo de batalha a Arca do Senhor, pois para eles, aquela batalha havia sido perdida porque o Senhor não estava com eles através da Arca. Observe o texto: “Mandou, pois, o povo trazer de Siló a arca do SENHOR dos Exércitos, entronizado entre os querubins; os dois filhos de Eli, Hofni e Finéias, estavam ali com a arca da Aliança de Deus” (1Sm 4.4). Para o povo a Arca da Aliança representava somente um patuá, um amuleto, pois eles não entendiam que a manifestação da glória do Senhor no meio do seu povo vinha de uma vida consagrada e o Senhor não tem compromisso com quem não tem compromisso com Ele. No entanto, o povo era o reflexo do que era o ofício sacerdotal naquela época.
Nesse período, houve uma guerra entre Israel e os Filisteus. Na primeira batalha os filisteus venceram (1Sm 4.2), então os israelitas tiveram a brilhante ideia de levar para o campo de batalha a Arca do Senhor, pois para eles, aquela batalha havia sido perdida porque o Senhor não estava com eles através da Arca. Observe o texto: “Mandou, pois, o povo trazer de Siló a arca do SENHOR dos Exércitos, entronizado entre os querubins; os dois filhos de Eli, Hofni e Finéias, estavam ali com a arca da Aliança de Deus” (1Sm 4.4). Para o povo a Arca da Aliança representava somente um patuá, um amuleto, pois eles não entendiam que a manifestação da glória do Senhor no meio do seu povo vinha de uma vida consagrada e o Senhor não tem compromisso com quem não tem compromisso com Ele. No entanto, o povo era o reflexo do que era o ofício sacerdotal naquela época.
Sacerdotes de si mesmos e não do Deus Altíssimo. Sacerdotes segundo a vontade do povo e não segundo os princípios estabelecidos por Deus em sua Palavra. Não eram diferentes dos líderes que temos visto nos dias de hoje. Como disse Judas, irmão de Jesus em sua epístola a respeito dos líderes que estavam se levantando em sua época: “Ai deles! Porque prosseguiram pelo caminho de Caim, e, movidos de ganância, se precipitaram no erro de Balaão, e pereceram na revolta de Corá. Estes homens são como rochas submersas, em vossas festas de fraternidade, banqueteando-se juntos sem qualquer recato, pastores que a si mesmos se apascentam; nuvens sem água impelidas pelos ventos; árvores em plena estação dos frutos, destes desprovidas, duplamente mortas, desarraigadas; ondas bravias do mar, que espumam as suas próprias sujidades; estrelas errantes, para as quais tem sido guardada a negridão das trevas, para sempre” (Jd 11-13). E este mesmo espírito está até hoje em nosso meio, agindo na vida e no ministério de muitos líderes por aí.
Como Deus não compactua com o pecado e para cumprir a Sua Palavra já antes anunciada ao sacerdote Eli, os israelitas perderam a batalha, os seus dois filhos morreram e a Arca do Senhor foi levada pelos filisteus. Quando a notícia chegou a Siló, o sacerdote Eli que estava assentado numa cadeira ao pé do caminho, pois temia pela Arca do Senhor, quando soube que a Arca havia sido tomada pelos filisteus, caiu para trás, quebrou o pescoço e morreu, pois era um homem pesado e idoso, ele tinha noventa e oito anos. Ele havia julgado Israel por cerca de quarenta anos. A nora do sacerdote Eli, esposa de Finéias, quando soube que a Arca havia sido tomada, que seu sogro havia acabado de falecer e que seu marido havia morrido também; ela, que estava para dar a luz teve seu filho naquele momento, mas não se alegrou com o nascimento do filho e ainda pôs o nome dele de Icabô, que quer dizer: “Foi-se a glória de Israel” (1Sm 4.12-22). Tudo isso devido a consequência do pecado de um pai que não ousou com autoridade repreender seus filhos, por deixa-los exercendo o sacerdócio e ainda permitir levar a Arca da Aliança para o campo de batalha mesmo depois de ter ouvido o que o Senhor lhe havia dito.
A Arca ficou na terra dos filisteus por cerca de sete meses (1Sm 6.1). Nesse período eles foram atacados por várias enfermidades e pragas de ratos que estavam destruindo a terra (1Sm 6.5). Diz a Bíblia que lhes nasceram tumores e muitos morreram devido a isso. A Arca do Senhor foi então enviada para cinco cidades diferentes e onde a Arca chegava isso ocorria. Então resolveram devolver a Arca aos israelitas com uma oferta de cinco ratos e cinco tumores ambos de ouro dentro de um cofre, representando os males que os estavam assolando. Colocaram em um carro novo guiado por duas vacas com crias. Diz-nos as Escrituras que elas foram em direção à terra dos israelitas andando e berrando, mas sem se desviarem nem para a direita nem para a esquerda (1Sm 6.12). Por fim chegou ao território dos israelitas e a Arca ficou na casa de Abinadabe e consagraram seu filho Eleazar para guardar a Arca do Senhor (1Sm 7.1).
Davi agiu como alguns tipos de líderes que querem estar bem com o povo, fazer a vontade deles e ao mesmo tempo ver se a sua vontade está de acordo com o gosto dos liderados. E ainda usam o nome de Deus para satisfazerem o seu egocentrismo. Observe o final do texto: “porque isso pareceu justo aos olhos de todo o povo”, ou seja, as pessoas é que estavam ditando o que queriam. O que mais temos visto hoje em dia são igrejas ao gosto do freguês, e esse tipo de “igreja” é formada por pessoas que não tem compromisso com Deus, mas com o seu prazer e suas vontades. Os líderes por sua vez são os balconistas que estão para servi-los e agrada-los.
RECAPITULANDO:
Como Deus não compactua com o pecado e para cumprir a Sua Palavra já antes anunciada ao sacerdote Eli, os israelitas perderam a batalha, os seus dois filhos morreram e a Arca do Senhor foi levada pelos filisteus. Quando a notícia chegou a Siló, o sacerdote Eli que estava assentado numa cadeira ao pé do caminho, pois temia pela Arca do Senhor, quando soube que a Arca havia sido tomada pelos filisteus, caiu para trás, quebrou o pescoço e morreu, pois era um homem pesado e idoso, ele tinha noventa e oito anos. Ele havia julgado Israel por cerca de quarenta anos. A nora do sacerdote Eli, esposa de Finéias, quando soube que a Arca havia sido tomada, que seu sogro havia acabado de falecer e que seu marido havia morrido também; ela, que estava para dar a luz teve seu filho naquele momento, mas não se alegrou com o nascimento do filho e ainda pôs o nome dele de Icabô, que quer dizer: “Foi-se a glória de Israel” (1Sm 4.12-22). Tudo isso devido a consequência do pecado de um pai que não ousou com autoridade repreender seus filhos, por deixa-los exercendo o sacerdócio e ainda permitir levar a Arca da Aliança para o campo de batalha mesmo depois de ter ouvido o que o Senhor lhe havia dito.
A Arca ficou na terra dos filisteus por cerca de sete meses (1Sm 6.1). Nesse período eles foram atacados por várias enfermidades e pragas de ratos que estavam destruindo a terra (1Sm 6.5). Diz a Bíblia que lhes nasceram tumores e muitos morreram devido a isso. A Arca do Senhor foi então enviada para cinco cidades diferentes e onde a Arca chegava isso ocorria. Então resolveram devolver a Arca aos israelitas com uma oferta de cinco ratos e cinco tumores ambos de ouro dentro de um cofre, representando os males que os estavam assolando. Colocaram em um carro novo guiado por duas vacas com crias. Diz-nos as Escrituras que elas foram em direção à terra dos israelitas andando e berrando, mas sem se desviarem nem para a direita nem para a esquerda (1Sm 6.12). Por fim chegou ao território dos israelitas e a Arca ficou na casa de Abinadabe e consagraram seu filho Eleazar para guardar a Arca do Senhor (1Sm 7.1).
Nos dias do rei Davi.
Passaram-se cerca de oitenta anos, Davi já estava estabelecido como rei em Israel, então ele propôs em seu coração trazer a Arca do Senhor que estava na casa de Abinadabe em Quiriate-Jearim (1Cr 13.5), para Jerusalém. Nesse percurso houve então esse incidente e nos diz a Bíblia que Davi muito se desgostou por isso ter ocorrido. Mas a questão é, porque isso ocorreu já que o rei estava tão bem intencionado? Vamos mostrar os erros que Davi cometeu passo a passo e os erros que as outras pessoas cometeram também.
Primeiro erro: Davi foi
consultar ao povo e não a Deus (1Cr 13.1-4).
“Consultou
Davi os capitães de mil, e os de cem, e todos os príncipes; e disse a toda a
congregação de Israel: Se bem vos parece, e se vem isso do SENHOR, nosso Deus,
enviemos depressa mensageiros a todos os nossos outros irmãos em todas as
terras de Israel, e aos sacerdotes, e aos levitas com eles nas cidades e nos
seus arredores, para que se reúnam conosco; tornemos a trazer para nós a arca
do nosso Deus; porque nos dias de Saul não nos valemos dela. Então, toda a
congregação concordou em que assim se fizesse; porque isso pareceu justo aos
olhos de todo o povo.”
Davi agiu como alguns tipos de líderes que querem estar bem com o povo, fazer a vontade deles e ao mesmo tempo ver se a sua vontade está de acordo com o gosto dos liderados. E ainda usam o nome de Deus para satisfazerem o seu egocentrismo. Observe o final do texto: “porque isso pareceu justo aos olhos de todo o povo”, ou seja, as pessoas é que estavam ditando o que queriam. O que mais temos visto hoje em dia são igrejas ao gosto do freguês, e esse tipo de “igreja” é formada por pessoas que não tem compromisso com Deus, mas com o seu prazer e suas vontades. Os líderes por sua vez são os balconistas que estão para servi-los e agrada-los.
Segundo erro: Davi
trouxe a Arca do Senhor imitando os filisteus (2Sm 6.3).
“Puseram
a arca de Deus num carro novo e a levaram da casa de Abinadabe, que estava no
outeiro; e Uzá e Aiô, filhos de Abinadabe, guiavam o carro novo.”
Isso deu certo com os
filisteus, mas não foi isso que a Lei determinava. A Arca deveria ser levada nos ombros pelos levitas e não em carro novo:
“Também
lhe farás moldura ao redor, da largura de quatro dedos, e lhe farás uma
bordadura de ouro ao redor da moldura. Também lhe farás quatro argolas de ouro;
e porás as argolas nos quatro cantos, que estão nos seus quatro pés. Perto da
moldura estarão as argolas, como lugares para os varais, para se levar a mesa”
(Êx 25.25-27).
“Os
filhos dos levitas trouxeram a arca de Deus aos ombros pelas varas que nela
estavam, como Moisés tinha ordenado, segundo a palavra do SENHOR” (1Cr
15.15).
Outro detalhe importante, não era
qualquer levita que podia levar a arca, deveria ser os filhos de Coate (Nm 4).
Somente os coatitas que podiam lidar com as coisas santíssimas. Hoje em dia tem
gente que pensa fazer tudo de qualquer maneira passando a frente dos
verdadeiros responsáveis na igreja. Todo mundo pensa que pode ser pastor e vai
por aí a fora. Outra coisa a Arca deveria ser coberta e quem pusesse a mão nela
morreria (Nm 4.15).
Uzá sofreu as consequências do que já estava escrito na Lei
do Senhor. Tem gente que lê a Bíblia e pensa que o que está nela não é bem
assim, que as coisas hoje estão diferentes, e vai por aí. Cuidado, com Deus não
se brinca!
Os filisteus simbolizam o mundo e Davi estava imitando o mundo. Mas
isso tem ocorrido em muitas igrejas hoje. Tem muitas igrejas se mundanizando,
ao invés de observarem a Palavra de Deus observam as últimas novidades e como
podem aplica-las em suas igrejas, são como os atenienses na época de Paulo, que
só queriam saber as últimas novidades (At 17.21).
Se a igreja pretende competir com o mundo em divertimento certamente irá
perder, primeiro porque a igreja não tem esse papel e segundo, a igreja foi
levantada para adorar a Deus e não agradar as pessoas. Devemos ir a igreja para
ouvir a voz de Deus e não uma palavra que nos agrade. Devemos ir a igreja
cultuar a Deus e não nos divertir. Para isso existem os cinemas, teatros e
shows dos mais diversos por aí. Quer se divertir vá para o mundo, quer adorar a
Deus vá a um culto. Eu não adoro a Deus imitando o mundo, mas negando a mim
mesmo e tomando a minha cruz. Foi isso que Jesus nos ensinou (Lc 9.23).
Terceiro erro: Uzá e
Aiô não quiseram contrariar o rei Davi.
Esses dois
homens provavelmente eram netos de Abinadabe, filhos de Eleazar, eles sabiam muito bem como Arca deveria ser transportada e a maneira como o rei estava fazendo estava totalmente errada. O rei deveria ser corrigido, mas nenhum deles deve coragem de desafiar as suas ordens. Eles foram coniventes com o erro. Uma coisa é administrar uma nação outra é culto a Deus. Eles foram completamente diferentes dos sacerdotes da época do rei Uzias. Diz-nos a história bíblica que o rei Uzias resolveu oferecer incenso no templo e foi barrado pelos sacerdotes (2Cr 26.16-20).
Aquele não era o papel do rei, ele
poderia ser rei, mas dentro da Casa do Senhor quem tinha autoridade eram os
sacerdotes. Eles desafiaram o rei e não permitiram tal atitude. Já Uzá e Aiô
não tiveram a mesma coragem e permitiram que o rei Davi fizesse o que bem lhe
agradara. O resultado com Davi foi morte de Uzá, já no caso de Uzias a lepra
recaiu sobre ele.
Devemos seguir a Palavra para agradar a Deus e não aos
homens. Ainda que tais homens estejam revestidos de autoridade o que não nos
obriga a satisfazê-los e nem seguir as suas leis. Estamos vivendo uma época em
que muitas pessoas querem nos dizer como devemos adorar e servir a Deus.
Pessoas
sem nenhuma realidade espiritual tentando nos convencer a relativar a Palavra
de Deus. Pessoas assim agem da mesma forma que Satanás agiu com os nossos
primeiros pais (Gn 3). Mas nós não seguimos homens, o que nos direciona é a
Palavra de Deus, pois se não for assim geraremos morte e não vida.
Outro problema aqui detectado é o que
podemos chamar de culto à celebridade. Uzá e Aiô deixaram de cultuar a Deus
para cultuar o rei Davi. Fizeram uma celebração não ao Rei dos reis, mas a um
rei terreno e falho. Hoje o que mais se vê por aí é show e não culto a Deus. As
pessoas vão ao culto para ver o cantor famoso, a banda de sucesso, o pregador
das multidões, mas Deus que é bom mesmo não é cultuado.
Quarto erro: indiferença
para com as coisas de Deus.
Aiô e Uzá eram netos de Abinadabe e filhos de Eleazar. Os dois sacerdotes cresceram com a Arca em sua casa e aquilo se tornou algo familiar para eles. O fato de toda a sua vida ter conhecido a Arca aliando à geral indiferença poderia ter gerado neles sentimento de excessiva familiaridade com a mesma. Eles não tinham zelo pelo sagrado, aquilo se tornou corriqueiro para eles. Daí eles fizeram como o rei queria, pois para eles aquilo não importava muito. Isso me chama a atenção para a nova geração que está crescendo em nossas igrejas, principalmente filhos de pastores que correm o mesmo risco de verem a igreja como um ganha pão do pai ou ver o pai pastor como uma celebridade e que ele, como filho do pastor, podendo fazer qualquer coisa na igreja e fora dela, pois ele é filho do “dono da igreja”. E é exatamente isso que temos visto por aí. Filhos de pastores que não tiveram ainda uma experiência de conversão e estão seguindo inclusive a “carreira” do pai. A culpa de tudo isso, geralmente, são dos pais. Veja a história do sacerdote Eli que é um bom exemplo disso e até mesmo das dos filhos de Samuel posteriormente:
“Tendo
Samuel envelhecido, constituiu seus filhos por juízes sobre Israel. O
primogênito chamava-se Joel, e o segundo, Abias; e foram juízes em Berseba.
Porém seus filhos não andaram pelos caminhos dele; antes, se inclinaram à
avareza, e aceitaram subornos, e perverteram o direito”
(1Sm 8.1-3).
Muitas vezes o pastor
tem tempo para as famílias da igreja, mas não dá a devida atenção aos seus próprios filhos. Filhos de pastor não são pastorzinhos e muito menos devem ser tratados de forma diferente dos filhos dos membros da igreja. Isso é muito sério.
E o que gerou tudo isso? Morte. Quem
anda na contra mão da Palavra de Deus tendo a responsabilidade de ensiná-la e
não a faz gera morte em sua vida e na vida dos outros. Deu não foi mau com Uzá,
Deus foi bom com o povo, pois se Ele não fizesse isso o erro continuaria e Ele
não compactua com o erro. Saiba de uma coisa, a Bíblia nos ensina como devemos
cultuar ao nosso Deus, mas tem muita gente querendo fazer do seu jeito. O
Senhor Jesus disse que devemos adorar a Deus em espírito e em verdade (Jo
4.23,24) e não com o espírito de mentira. Cuidado por onde você anda!
Devido a esse ocorrido, Davi deixou a
Arca na casa de Obede-Edom por cerca de três meses. E nos diz o texto sagrado
que a casa deste foi abençoada por causa da arca que estava em sua casa.
Observe que em momento algum as Escrituras dizem que a casa de Abnadabe foi
abençoada, mas nos diz que a casa de Obede-Edom e tudo que ele tinha foi
abençoado (2Sm 6.11,12). Sabe por que disso? Postura diante do sagrado.
Reverência diante das coisas de Deus. Isso faz toda diferença em nossas vidas
também.
Davi então resolve trazer a Arca para
Jerusalém, só que desta vez de forma correta. Os levitas a estavam trazendo em
seus ombros:
“Os
filhos dos levitas trouxeram a arca de Deus aos ombros pelas varas que nela
estavam, como Moisés tinha ordenado, segundo a palavra do SENHOR”
(1Cr 15.15).
Quais
foram as consequências dessa atitude correta em relação a Arca do Senhor?
Primeiramente Davi se
alegrou (2Sm 6.15). Desta vez não houve morte, mas abundância de alegria na presença de Deus. Como disse Deus a Caim: “Se procederes bem, não é certo que serás aceito?” (Gn 4.7a). Deus age de acordo com os seus preceitos pré-estabelecidos em Sua Palavra, ou seja, Deus é lógico. E bem sabemos que o salário do pecado é a morte (Rm 6.23). A Palavra de Deus é a nossa regra de fé e prática, mas tem muitas pessoas que são meros expectadores e não praticantes. O próprio Senhor Jesus falou para os saduceus que eles erravam por desconhecerem as Escrituras e o poder de Deus (Mt 22.29). Esse desconhecimento leva ao erro e o erro a morte. Mas quando conhecemos e praticamos temos abundante alegria em nossas vidas.
Segunda coisa, Davi abençoou o povo (2Sm
6.18). Por
Davi estar abençoado ele tinha condições de abençoar as pessoas também. E isso
ocorre conosco também. O senhor nos chamou para sermos canal de bênção na vida
das outras pessoas. Quando Deus chamou Abraão para deixar sua terra, seus
parentes e amigos e seguir para um lugar que ele ainda não sabia ao certo onde
seria, para ali criar uma nova nação e estabelecer um povo para Deus, deu-lhe
uma recomendação nestes termos: "Sê
tu uma bênção". Tal imperativo definiu um perfil diferente na vida de
Abraão. Ser bênção, e não simplesmente viver à procura dela, faz uma grande
diferença. Muitos hoje perguntam por que a Igreja Evangélica no Brasil, que
tanto cresceu nas últimas décadas, não tem promovido as mudanças que
imaginávamos iria promover quando tivesse as oportunidades que tem hoje.
Arriscaria uma resposta simples: tornamo-nos consumidores religiosos com todos
os direitos que um consumidor tem.
Ao invés de ser bênção, queremos receber
bênçãos; usamos a igreja, a família e a sociedade para alimentar nossas
ambições mais mesquinhas. Não somos mais agentes de transformação; viramos
espectadores ingratos e exigentes. Ao invés de promover a prosperidade social,
transformamo-nos em parasitas sociais, querendo cada vez mais e melhor para nós
e não para os outros. A conversão é a transformação do ser passivo num ser
ativo; do paciente num agente; do parasita social num ser solidário; do
consumidor religioso num canal de bênção e cura para os outros. A solução para
as mazelas sociais que vivemos em nosso país não será conquistada por uma
Igreja que exige o melhor para si; que reivindica o direito de ser cabeça e não
cauda; que busca a sua prosperidade em detrimento da miséria dos outros.
A vida de muitos homens e mulheres de
Deus ao longo da História foi ricamente abençoada porque viveram dominados pelo
sentimento de dívida. Isso fez deles pessoas gratas, generosas, entregues,
corajosas. Não esperavam que os outros viessem consolá-los; eles consolavam. Não
viviam exigindo ou reivindicando direitos, mas carregavam um enorme senso de
dívida; não viviam aguardando que alguém fosse procurá-los - eles é que
procuravam. Eram bênção na vida dos outros e, consequentemente, eram
abençoados.
Ser bênção para a vida dos outros é
criar os meios para que a graça de Deus os envolva trazendo salvação,
reconciliação, cura e libertação. É criar os meios para que o cansado encontre
alívio, para que o doente ache consolo, para que o perdido seja achado. E usar
os dons e talentos que Deus nos deu para criar novas esperanças e para
alimentar a fé dos outros [1].
Terceira coisa: Davi foi abençoar a sua
casa (2Sm 6.20a). A manifestação da glória de Deus precisa estar em
nossa casa. Parafraseando uma palavra de Jesus que disse: “Que adianta o homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua casa”. Há vários exemplos bíblicos de
pais que enfrentaram problemas familiares sérios, isso não é para nos mostrar
que ninguém está isento de problemas, mas acima de tudo, para nós vigiarmos e
evitarmos seguir os mesmos exemplos negativos que eles cometeram. A Bíblia é um
espelho e ela reflete a minha condição espiritual como também o da minha
família, mas ela reflete para concertarmos o problema e não só para
identifica-los. Há na Bíblia promessas de bênçãos sem medida para o nosso lar,
leia o Salmo 128 e você verá isso. Mas para que eu possa ser canal de bênção
para minha família é necessário eu ser uma pessoa abençoada, e de que forma eu
sou abençoado, andando em conformidade com Deus e com a Sua Palavra. Não
fazendo do Evangelho uma religião, nem uma filosofia de vida como muitos fazem,
mas tendo o Senhor Jesus como SENHOR em minha vida. Entregando-lhe a direção da
minha vida e deixando-o direcionar os meus passos assim como fez Rute a moabita:
“Faça-me o SENHOR o que bem lhe aprouver”
(Rt 1.17).
AS ADVERSIDADES
EXISTEM
Agora entenda uma coisa, não é por
andarmos de forma correta na presença de Deus que iremos agradar todo mundo. Quando
Davi foi para sua casa para abençoá-la ele encontrou resistência e até mesmo
rejeição pelo que havia feito. Mical, sua esposa, filha de Saul, não se agradou
nem um pouco com a atitude de Davi:
“Voltando
Davi para abençoar a sua casa, Mical, filha de Saul, saiu a encontrar-se com
ele e lhe disse: Que bela figura fez o rei de Israel, descobrindo-se, hoje, aos
olhos das servas de seus servos, como, sem pejo, se descobre um vadio qualquer!”
(2Sm 6.20).
Mas Davi lhe respondeu sem pestanejar:
“Disse,
porém, Davi a Mical: Perante o SENHOR, que me escolheu a mim antes do que a teu
pai e a toda a sua casa, mandando-me que fosse chefe sobre o povo do SENHOR,
sobre Israel, perante o SENHOR me tenho alegrado. Ainda mais desprezível me
farei e me humilharei aos meus olhos; quanto às servas, de quem falaste, delas
serei honrado” (2Sm 6.21,22).
Que tenhamos essa mesma postura diante
dos nossos opositores. Jesus já nos havia alertado que os nossos inimigos
seriam os de nossa própria casa:
“Não
penseis que vim trazer paz à terra; não vim trazer paz, mas espada. Pois vim
causar divisão entre o homem e seu pai; entre a filha e sua mãe e entre a nora
e sua sogra. Assim, os inimigos do homem serão os da sua própria casa” (Mt
10.34-36).
A vida cristã é feita de escolhas, se
escolhermos andar com Cristo seremos muitas vezes perseguidos, mas teremos a
Sua companhia conosco todos os dias. Como disse Pedro em sua carta:
“Amados,
não estranheis o fogo ardente que surge no meio de vós, destinado a provar-vos,
como se alguma coisa extraordinária vos estivesse acontecendo; pelo contrário,
alegrai-vos na medida em que sois co-participantes dos sofrimentos de Cristo,
para que também, na revelação de sua glória, vos alegreis exultando. Se, pelo
nome de Cristo, sois injuriados, bem-aventurados sois, porque sobre vós repousa
o Espírito da glória e de Deus. Não sofra, porém, nenhum de vós como assassino,
ou ladrão, ou malfeitor, ou como quem se intromete em negócios de outrem; mas,
se sofrer como cristão, não se envergonhe disso; antes, glorifique a Deus com
esse nome” (1Pe 4.12-16).
Que o Senhor nos ajude a sermos fiéis a
Sua Palavra mesmo que venhamos sofrer perseguição. Que não venhamos ser
encontrados desqualificados, mas aprovados pelo Senhor de nossas almas. Que o
Senhor nos ajude a sermos suas fiéis testemunhas todos os dias.
Que Deus nos abençoe!
Nota:
1 - Barbosa de Sousa, Ricardo
- Revista Eclésia (nº 85 - Jul/03).
RECAPITULANDO:
Abusca da arca era, na verdade, a
busca da presença de Deus (1 Crônicas 13:6; Êxodo 25:17-22). Isto é a coisa
certa a se fazer. Mas, será que existe uma maneira certa de
buscar a presença de Deus? Será que existe um jeito certo de
louvá-lo?
Vamos analisar como Davi começou errado
na sua busca da presença do Senhor:
Davi
chamou primeiramente as pessoas importantes de Israel. "Consultou
Davi os capitães de mil, e os de cem, e todos os príncipes" (1
Crônicas 13:1). As pessoas "importantes" – os ricos, os políticos,
e outros de alguma influência entre o povo – freqüentemente são as menos
interessadas em fazer a
vontade do Senhor, pois acham que já têm tudo de que precisam sem o Senhor. Por exemplo, um jovem rico perguntou a Jesus o que era necessário para ele ser salvo. Quando Jesus mandou que ele tomasse uma decisão entre seguir Jesus ou seguir a riqueza, o jovem decidiu ficar com sua posição e seu dinheiro (Lucas 18:18-23). Devemos consultar primeiramente o Senhor – não há ninguém mais importante do que ele!
vontade do Senhor, pois acham que já têm tudo de que precisam sem o Senhor. Por exemplo, um jovem rico perguntou a Jesus o que era necessário para ele ser salvo. Quando Jesus mandou que ele tomasse uma decisão entre seguir Jesus ou seguir a riqueza, o jovem decidiu ficar com sua posição e seu dinheiro (Lucas 18:18-23). Devemos consultar primeiramente o Senhor – não há ninguém mais importante do que ele!
Davi
queria saber a opinião da congregação do povo. Disse Davi, "Se bem
vos parece" e depois, "Se vem isso
do Senhor...tornemos a trazer para nós a arca do nosso Deus; porque nos dias de
Saul não nos valemos dela" (1 Crônicas 13:2-3). Davi colocou a
opinião do povo acima da opinião do Senhor. Na verdade, se a coisa "vem do
Senhor", já não é preciso mais saber "se bem vos parece".
Uma vez que o Senhor falou sobre a coisa, é a opinião dele que devemos seguir.
Ž Davi
se agradou com a opinião do povo. "Toda a congregação
concordou" e "isso pareceu justo aos olhos de todo o
povo" (1 Crônicas 13:4). Quando o povo deu seu apoio, Davi
não queria saber mais "se vem isso do Senhor". Infelizmente, quando
vêem que algo agrada "toda a congregação" ou "todo o
povo", muitos líderes esquecem do que agrada ao Senhor! Muitas igrejas de
hoje erram da mesma maneira, fazendo de tudo para agradar a congregação, mas
nada fazendo para agradar ao Senhor.
Em todos estes casos, Davi errou
porque ele começou buscando pessoas em vez de buscar o Senhor. Devemos
começar sempre com o Senhor. Deus procura pessoas que o adorarão "em
espírito e em verdade" (João 4:23-24). Deus revelou esta verdade
na sua palavra, a fim de santificar e unir os seus adoradores (João 17:17-21).
Então, para buscar o Senhor devemos consultar a palavra dEle,
ouvir a opinião dEle, e fazer o que lhe é
agradável.
Duas Decisões Erradas
"Puseram a arca de Deus num
carro novo e a levaram da casa de Abinadabe; e Uzá e Aiô guiavam o
carro" (1 Crônicas
13:7). O zelo de Davi e do povo não faltava. Fizeram todas as preparações
para que a arca fosse trazida à Jerusalém em toda a sua glória. Mas, no seu
ânimo de "glorificar o Senhor", esqueceram da própria vontade dele!
Pois, Deus havia dado instruções explícitas sobre como se deve carregar a sua
arca: "Farás também varais de madeira de acácia e os cobrirás de
ouro; meterás os varais nas argolas aos lados da arca, para se levar por
meio deles a arca. Os varais ficarão nas argolas e não se tirarão
dela" (Êxodo 25:13-15). Era a vontade de Deus que a maneira
certa de carregar a arca fosse pelos varais. Quando decidiram colocar a arca
num carro novo, desprezaram o mandamento do Senhor.
"Quando chegaram à eira de
Quidom, estendeu Uzá a mão à arca para a segurar, porque os bois
tropeçaram" (1 Crônicas
13:9). A arca de Deus era uma das coisas sagradas que pertenciam ao
santuário do tabernáculo. O Senhor proibiu fortemente que alguém além dos
consagrados sacerdotes a tocasse ou até olhasse para ela: "Havendo,
pois, Arão e os seus filhos...acabado de cobrir o santuário e todos os móveis
dele, então, os filhos de Coate virão para levá-lo; mas, nas coisas santas,
não tocarão, para que não morram... Arão e seus filhos entrarão e lhes
designarão a cada um o seu serviço e a sua carga. Porém, os coatitas não
entrarão, nem por um instante, para ver as coisas santas, para que não
morram" (Números 4:15-20). Porém, quando os bois
tropeçaram, Uzá viu a arca, com toda a sua glória e santidade, caindo para o
chão onde seria profanada! Então, a reação natural dele era de estender a
mão e segurá-la para proteger a santidade dela. Mas quando ele decidiu tocar
na arca, Uzá desprezou o mandamento de Deus.
Estes homens tomaram decisões sem
pensar na vontade do Senhor. Davi parecia estar preocupado mais com a aprovação do
povo do que com a vontade de Deus. A reação de Uzá dá indícios que ele estava
preocupado mais com a arca (um objeto) do que com a vontade de Deus (um ser
divino).
O
gesto de Uzá, exteriormente, era uma “irreverência” para Deus. Mas para
Davi—que via apenas externamente—tratava-se de algo cruel, que o
entristeceu. Ele não entendia aquela severidade de Deus. Ninguém
poderia dizer que Uzá morrera de nada que não fosse categorizado apenas
como “uma irreverência”; afinal, quem poderia saber o que ele levava no
coração, como motivação, quando estendeu a mão para tocar a Arca do
Senhor?
Quem busca a Deus tem que estar preparado para tomar decisões baseadas
na palavra dele, as quais muitas vezes não vão agradar aos outros (Gálatas
1:10-12). Quem busca a Deus tem que cultivar pelo estudo da sua palavra uma
mente renovada, a qual vai agir de acordo com os desejos do Senhor em vez de reagir
de acordo com as circunstâncias do momento (Romanos 12:1-2).
A Lição de Autoridade
"Então, a ira do
Senhor se acendeu contra Uzá e o feriu, por ter estendido a mão à
arca; e morreu ali perante Deus. Desgostou-se Davi, porque o Senhor
irrompera contra Uzá... Temeu Davi a Deus, naquele dia, e disse:
Como trarei a mim a arca de Deus?" (1
Crônicas 13:10-12).
Na morte de Uzá, Davi aprendeu uma forte lição sobre autoridade.
Autoridade não é apenas o poder de mandar, mas também viver com as consequências das suas decisões. Por
causa do eterno poder e sabedoria de Deus, a palavra dEle é a autoridade suprema.
O motivo de Davi em buscar a arca era nobre, mas ele violou a autoridade de Deus
quando ele mudou a maneira de carregá-la. Davi achou que sua maneira de
carregar a arca era tão boa quanto usar os varais. Porém, nem todo o seu poder
em Israel como o rei escolhido, o ungido de Deus concedeu a Davi o direito de mudar a lei
do Senhor. Este pecado de Davi criou a situação que levou até a morte do seu
servo Uzá.
Descobrindo a cobertura
Muitos acreditam que, por estarem sendo submissos aos seus líderes espirituais, estarão justificados quando o Senhor julgar suas ações. Se isso realmente fosse verdade, Uzá não teria morrido, pois ele estava apenas obedecendo a uma ordem de seu rei Davi. Antes importa obedecer a Deus do que aos homens (Atos 5:29). A autoridade de Deus é absoluta e se baseia
naquilo que Ele nos revela na Sua palavra. Ele vai julgar o mundo de acordo com
a palavra revelada (João 12:48). Note que não estava escrito na lei que eles não
poderiam carregar a arca num carro novo. Isto nem tampouco precisava estar
escrito, porque quando Deus revelou a maneira certa de carregá-la, ele já
deixou fora todas as outras possibilidades. A autoridade de Deus funciona desta
maneira: "As coisas encobertas pertencem ao Senhor...porém as
reveladas nos pertencem...para que cumpramos todas as palavras desta lei" (Deuteronômio
29:29). Quem quer agir de acordo com a autoridade de Deus tem que saber o que
Deus revelou, e não o que Ele não revelou! A palavra revelada de Deus nos
habilita para fazermos "toda boa obra" com a autoridade dEle (2
Timóteo 3:16-17).
Aplicações Para os Dias Atuais
Hoje em dia, muitas pessoas consideradas ungidas como o rei Davi, ensinam suas próprias
maneiras e doutrinas como se fossem iguais às do Senhor. Negando, e às vezes
contrariando, a própria palavra de Deus, muitos líderes religiosos seguem a sua
própria autoridade, mudando a lei de Deus para seu próprio benefício, e
enganando um povo simples que não tem a prática de buscar a vontade e a
autoridade do Senhor nas Escrituras. Mas o erro de Davi e Uzá nos ajuda a ver
algumas aplicações práticas:
1 - Líderes
erram: Até líderes bons que realmente
desejam fazer a vontade do Senhor são capazes de errar. Davi era um homem
"segundo o coração de Deus" (Atos 13:22). Todos confiavam na grande
visão dele para trazer de volta a arca do Senhor. Mas ele deixou de confirmar
na palavra de Deus o que estava fazendo, e seu erro levou até a morte de Uzá. Sabendo que líderes erram ou até enganam, devemos sempre confiar no Senhor e
na palavra dele em vez de nas pessoas e nas suas interpretações (1 João 4:1).
2 - O
que parece certo nem sempre é: Toda a
congregação se alegrava e dançava ao lado da arca no carro novo. Mas Uzá
morreu por causa da falta de respeito pela palavra do Senhor. Ou ninguém sabia
(porque não estudavam a palavra) ou ningúem ousava dizer a Davi que era errado levar
a arca daquela maneira. Muitos hoje procuram uma igreja onde se sentem bem, onde
tudo parece ser paz e alegria no Senhor. Mas se a palavra de Deus não está
sendo ensinada e obedecida e ninguém tem a coragem de cobrar os líderes por
isso, a situação só vai acabar em tristeza e almas mortas.
3 Devemos
respeitar a autoridade de Deus: Davi e
Uzá conheceram a palavra de Deus, mas deixavam de segui-la à risco. Assim, num
momento de pânico, Uzá reagiu errado e morreu. Muitos seguem a palavra de Deus
somente nas coisas "convenientes", e não terão a resposta firme no
momento crítico. Mas quem realmente respeita a autoridade de Deus entenderá as
palavras do salmista: "Guardo no coração as tuas palavras, para
não pecar contra ti" (Salmo 119:11; Colossenses 3:16-17).
Jesus Cristo tem TODA a autoridade
hoje. Ele mesmo disse, "Toda a autoridade me foi dada no céu e na
terra. Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em
nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as
coisas que vos tenho ordenado" (Mateus 28:18-20).
Davi aprendeu a lição dura, e mais
tarde levou a arca à Jerusalém sobre os ombros dos levitas, como a palavra do
Senhor ordenou (1 Crônicas 15:1-15, 25-28). A morte de Uzá testifica que há
uma maneira certa de buscar e de louvar a Deus. Vamos buscar e servir a Deus de
acordo com a palavra dele, para que não morramos, mas pela obediência
obtenhamos vida eterna (João 5:24).
por Carl Ballard em http://www.estudosdabiblia.net/d99.htm
"Quando chegaram ao campo de debulhar cereais que pertencia a Quidom, os bois tropeçaram.1° Crônicas 13.9,10
Então Uzá estendeu a mão e segurou a arca da aliança.
Na mesma hora, o SENHOR ficou irado por Uzá ter tocado na arca e o matou.
Ele morreu ali, na presença de Deus".
Por que Uzá tocou na arca ?
Pano de fundo histórico
A arca da aliança era o utensílio mais sagrado do Tabernáculo. Ela foi confeccionada de madeira de acácia, e recoberta de ouro, e ficava no lugar chamado Santo dos Santos, onde só era permitido o Sumo sacerdote entrar anualmente; no dia do “Yon Kippur”,que era o dia do perdão para a nação. Durante a peregrinação pelo deserto, Deus escolheu a tribo de Levi como sua herança. Observe como funcionou:
Cada família consagrava o primogênito masculino a Deus, este seria uma espécie de sacerdote do lar na ausência do pai de família. Como Deus levantaria a partir de agora um exercito dentre os israelitas, Ele substitui os primogênitos de todas as tribos por uma tribo em especial, “A tribo de Levi” – Números 3.11-13.
Leví, filho de Jacó, foi pai de Gérson, Coate e Merari – Números 3. 17; I Crônicas 6.1. Os filhos de Levi tornaram-se cabeças de família e clãs importantes no meio de Israel. Eles ficaram a cargo da guarda do Tabernáculo do deserto, como também de todo o processo religioso da nação. O Tabernáculo era o centro da adoração a Deus durante a peregrinação pelo deserto, e foram estabelecidos meios de transportes especiais para cada peça e cada móvel desse tão importante santuário.
a) - Os gersonitas ficavam à disposição para o serviço que fosse solicitado e para o transporte de cargas; os gersonitas eram supervisionados por Itamar filho do sacerdote Arão. Utensílios a cargo dos gersonitas:
- A tenda, as coberturas de dentro e de fora, a coberta de peles finas e a cortina da entrada.
- As cortinas do pátio, a cortina da porta que ficava ao redor da tenda e do altar, as cordas e todos os objetos necessários ao serviço, (Números 4.24-26).
b) - Os meraritas se encarregaram do transporte do Tabernáculo sob a supervisão de Itamar filho de Arão nas seguintes funções de transporte:
- As tábuas, os cabos, as colunas, os pregos, e as bases da tenda com todos os seus objetos e com tudo o que pertence ao seu serviço.
- Foram entregue a cada homem desse clã, uma lista das coisas que ele deveria levar e prestar contas (Números 4.31,32).
c) - Quanto aos coatitas, seu serviço foi cuidar das coisas santíssimas, principalmente as que estavam no santuário. Eles deveriam ser supervisionados pelo próprio sacerdote Arão e seus filhos, para que não entrassem no santuário quando estivesse sendo desarmado, nem tampouco para tocar nos objetos ou olhar para eles antes de serem envoltos nos tecidos determinados por Deus.
Ficou a cargo dos coatitas:
- Candelabro, e seus apagadores, a mesa com todos seus talheres e os pães, o altar do incenso e seus acessórios, a pia de bronze, o altar do holocausto, o véu interior, e a ARCA da aliança.
- Utensílios pequenos de ouro, como o candelabro e suas lamparinas, as tesouras de cortar os pavios, os apagadores e as vasilhas de distribuir o azeite, eram todos envolvidos em pele fina, e atados às varas para serem carregados (Números 4.1-24).
Como eles transportavam?
- Gersonitas – ganharam duas carroças e quatro bois para o serviço de transporte dos seus objetos (Números 7.7).
- Meraritas – ganharam quatro carroças e oito bois para o transporte dos objetos sob seus cuidados (Números 7.8).
- Coatitas – estes não receberam carros de bois para o transporte, porque sua missão era transportar a mobília sagrada nos ombros.
Podemos deduzir, a partir dessas informações, que os que receberam carros de bois para o transporte de objetos, podiam, não somente tocar em tais objetos ao longo da viagem, como deveriam estar atentos para que nenhum deles caísse do carro, pois cada um daria conta do que lhe foi confiado. O mesmo não é dito dos coatitas, estes deveriam transportar a mobília nos ombros por meio de varas, mas sem tocar neles, sob pena de morte (Números 4.15, 18).
A morte de Uzá
Muito se questiona sobre Uzá, que embora sendo levita, foi punido com a morte por haver tocado na ARCA da aliança quando os bois tropeçaram no caminho a Jerusalém, no reinado de Davi. Alguns apresentam as mais diversas justificativas e fazem aplicações com base no ocorrido, no entanto, boa parte das justificativas e aplicações, simplesmente desconsideram fatos de bastante relevância no contexto histórico, por exemplo: a qual dos clãs levítico pertencia Uzá? Para transportar a Arca, não bastava ser levita, era necessário pertencer ao clã próprio para essa função, no caso, o clã dos coatitas.
Vamos entender o que aconteceu.
O ambiente era de festa, pois a ARCA estava sendo levada para Jerusalém. Como os levitas não tinham mais a função de transportar o tabernáculo (pois já estavam na terra) Davi organizou os levitas e lhes atribuiu varias funções como porteiros, ajudantes nos sacrifícios e, sobretudo a de cantores. Davi selecionou os melhores cantores e organizou a adoração por meio do louvor em Israel, até os descendentes de Coré, que foi o responsável pela rebelião no deserto, foram arrolados no coral, tendo como regente do primeiro coro Hemã, filho de Joel, que remonta a Corá, líder da rebelião contra Moisés no Êxodo (Números 16.32) os filhos de Corá que não pertenciam à rebelião do pai, e permaneceram vivos como consta no Capitulo 26.11 do mesmo livro de Números.
Dentre os levitas cantores, estava Uzá, que pertencia ao clã dos meraritas (I Crônicas 6.29,30). Os meraritas transportavam os objetos sagrados em carros de bois, e não havia proibição alguma sobre o tocar nos objetos que eles transportavam. No entanto, dois erros foram cometidos aqui, não somente por Davi, mas também por seus assessores:
1° Uzá não pertencia ao clã dos coatitas, portanto, não era o levita mais indicado para conduzir a ARCA até Jerusalém.
2° A ARCA não deveria ser transportada em carros de bois, mas sobre os ombros dos coatitas.
Esses foram os erros principais da causa da morte de um levita que intentou agir corretamente mas que acabou cometendo um dos mais graves sacrilégios dos tempos da Lei Mosaica, tocar em um objeto que aos judeus comuns, nem mesmo era permitido olhar.
Qual a aplicação disso tudo meu irmão?
ResponderExcluirApesar desses erros apontados, precisamos ver que Uzá não poderia põr a mão na arca mesmo sendo coatita. Aquele era um tempo de ignorância quanto às coisas do Senhor. O livro de Samuel começa dizendo: "Naqueles dias, a palavra do SENHOR era mui rara; as visões não eram frequentes". À semelhança do que aconteceu a Uzá, não conhecer o Senhor leva à sucumbência. "Conheçamos e prossigamos em conhecer ao Senhor..." Os 6:3; "mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em me conhecer e saber que Eu sou o Senhor..."Jr 9.24
ResponderExcluiramigo você acabou de fechar meu raciocínio pensa nesta linha só que eu ainda não tinha conseguido traçar a linhagem de UZÁ, ou seja, a qual crã ele pertencia. Muito boa sua explicação.
ResponderExcluirQue Deus o abençoe mais e mais.
Att. Renato Cavalcante
ss
ResponderExcluirSua explicação foi boa, porém , temos que ver outras situações na vida de Uzá.
ResponderExcluirUzá em hb significa força, foi morto quando estendeu a mão à arca de Deus (2 Sm 6:3-8), era chefe de uma família que voltou do exílio babilônico (Ed 2:49).
Houveram outras pessoas chamadas de Uzá : além desse já citado aí em cima, houve um levita da família de Merari (1 Cr6:29) , houve também um benjamita (1 CR 8:7).
Então não tem como voce afirmar que esse era o levita filho de Merari.
No meu estudo chego no rei Davi, que colocou vários servidores no templo, os chamados NETININS, que talvez fossem escravos , rachadores de lenha e tiradores de água para a casa de Deus, como os medianitas e gibeonitas (Nm 31:30,47 ; Js 9:23), pois Davi deu os netinins para o ministério dos levitas (Ed 8:20).
Os netinins eram numerosos , havia 392 entre os primeiros exilados que voltaram para Jeusalém juntamente com Zorobabel e 220 entre aqueles que voltaram 80 anos depois (Ed 1:58 ; 8:20).
Também pode comparar com os que serviam a Salomão para a construção do templo ( 1 Rs 5:15 ; 9:20,21).
Então sendo assim , Uzá não era um levita , nem sacerdote, pois tanto os levitas como os sacerdotes tinham funções diferentes com relação ao objetos do templo , ele não podia ser consagrado para determinadas obrigações , para mim ele era um netinin.
Abraços
Ivan