Amados, cremos que o mover de Deus
possui dois aspectos, o individual e o coletivo. individualmente, o "mover atual" de
Deus é Cristo vivendo e se movendo em nós e através de nós HOJE, através do
Espírito Santo que habita em nossos corações! Não há nada mais precioso e
prazeroso do que esse mover atual diário, quando nossas mentes, vontades e
emoções são levadas a desfrutar de toda a riqueza que há no rio da água da vida
que flui do trono de Deus e do Cordeiro.
Precisamos, como crianças, nos
entregar confiadamente ao Senhor e nos deixar levar pelo maravilhoso fluir desse
rio. Nesse rio nos libertamos das nossas próprias convicções e aprendemos a
confiar cada vez mais no direcionamento de
Deus.Estranhamos a princípio - quem já experimentou ser levado pela correnteza
de um rio sabe exatamente a sensação de insegurança que dá. Todavia, esse não é
um rio qualquer, ele flui de Deus e nos conduzirá diretamente para Ele. Não há
métodos ou técnicas para isso, a confiança e a entrega é um dom que já nos foi
dado gratuitamente, em Cristo, pelo Espírito. Precisamos, portanto, tomar posse
desse dom e buscar uma relação de maior confiança e intimidade com nosso Pai
Eterno, em Cristo Jesus. Estabelecendo um elo de confiança e crescente,
confidenciando e abrindo cada vez mais as portas do nosso coração, Ele reinará
soberanamente em nossas vidas, famílias, escola, trabalho e em nosso igrejar.
Esse é o mover que sacia as necessidades mais profundas do nosso coração, que
nos trás a paz, que nos completa, nos realiza e dá sentido á nossa vida. É disso
que desesperadamente precisamos! Esse é o mover que nos une e nos conecta
profundamente com a vontade de Deus e com a unidade do maravilhoso Corpo de
Cristo. É esse mover que nos faz viver diariamente mergulhados nEle, por Ele e
para Ele, hoje e eternamente, aleluia!
Coletivamente o mover do Senhor é
sempre atual (nosso Deus é sempre novo!),
Ele movimenta vários irmãos (apóstolos, profetas, pastores, mestres etc)
SIMULTANEAMENTE em uma mesma época para levar a cabo a Sua vontade.
Na Bíblia, percebemos que isso ocorria
na igreja em Corinto. Ela era suprida
simultaneamente por, pelo menos, três
apóstolos (Pedro, Paulo e Apolo), cada um com a sua porção. Se a igreja dos
coríntios estava tão bem suprida com a Palavra de Cristo e com os dons do
Espírito (1Co 1:4,7), por que então havia divisões em seu meio? Podemos
rapidamente levantar vários motivos, tais como:
A excessiva ênfase e desejo de obter
dons espirituais (1Co 14:12), a falta de amor (1Co 13), a imaturidade e
carnalidade (1 Co 1:12, 3:2-3), a idolatria (1Co 8,1-7, 12:1-2), ir além do que
está escrito (1Co 4:6). Entretanto, queremos destacar um motivo divisivo pouco
explorado: A ênfase no nome dos apóstolos (1 Co 1:12, 3:4).
Quando o nome de outro homem, que não
seja o do Senhor Jesus, começa a se destacar na igreja, surgem preferências e
divisões. Sabemos que, por um lado, a maturidade da igreja consiste em não se
deixar levar pelo falar humano e sim pelo discernimento das Palavras de vida
que as pessoas estiverem transmitindo. Por outro lado, o apóstolo também deve
estar maduro. Ele deve ser capaz de negar a si mesmo para levar sua obra
adiante. Esse negar implica em negar o seu próprio nome, que é a expressão mais
profunda do seu ego (da pessoa do seu próprio ser).
A história insistentemente tem nos
mostrado que, quanto maior for a revelação e a obra do apóstolo, maiores são as
chances dele ser idolatrado por causa de tais revelações e realizações. A
revelação vai lentamente sendo preterida em lugar da Palavra do Senhor e as
obras humanas vão se misturando e ganhando terreno sobre os frutos do Espírito.
O falar do mensageiro vai ganhando cada vez mais peso ao lado das Palavras do
Senhor. Com o tempo, a mensagem e a própria pessoa do enviado vão sutilmente
ocupando grandes áreas em nosso (extremamente corrupto e idólatra) coração. Com
o tempo, passamos lentamente a considerar o um dos enviados (apóstolo) mais
iluminado, esclarecido e capaz do que os outros. Passamos até mesmo a
considerar como indignas as nossas próprias porções de revelação que recebemos
diretamente do Senhor para edificar a igreja em nossa cidade. Também nos
acostumamos rapidamente com um determinado modo de falar, com um certo tom de
voz e passamos a estranhar tudo o que é diferente. Por fim, vestimos a camisa
do nosso líder e passamos então a justificar e a defender, sem o devido
cuidado, tudo o que ele diz e faz.
A confiança nas boas obras da carne
(principalmente a nossa) diminui nossa confiança no Todo Poderoso e obscurecendo
tremendamente nosso discernimento espiritual e reduzindo drasticamente a nossa
capacidade de ouvir o Senhor para que possamos segui-Lo. Infelizmente, é o que está ocorrendo em muitos
grupos cristãos espalhados pelo mundo. Ovelhas ensurdecidas pelo barulho
espalhafatoso dos shows da fé ficam
impedidas de seguir o fluir da voz do Mestre e se tornam cada vez mais
dependentes de lideranças e idéias humanas. Na medida em que decresce a nossa
capacidade de se mover no fluir da vida divina, cresce a necessidade de organização
e planejamento humanos. Nesse contexto é quase inevitável a valorização e a
exaltação da liderança humana. Os "peixes", fora do rio divino e
sedentos de Cristo, são facilmente aprisionados em redes lançadas por homens
espiritualmente sedutores e a segurança de seus grupos.
Com o tempo, a dependência de tal
liderança é tamanha que os filhos de Deus passam a crer que eles tais homens
são os únicos, ou em casos mais moderados, os melhores representantes de Deus
no planeta. Para sustentar esta crença inventa-se algo do tipo "mover
atual", como uma sinistra tentativa de justificar a presunção laodicéiana
de que apenas um determinado grupo de crentes detém as melhores, mais profundas
e maiores riquezas espirituais que o Senhor poderia dispensar ao Seu povo. Como
afirmava certo mestre bíblico falecido (mas ainda atuante) líder absoluto de
seu grupo "atingimos o ápice da revelação divina".
Quanto mais o homem (e suas idéias)
são ouvidas, enfatizadas e defendidas, mais perdemos o foco da nossa visão
espiritual, que é o próprio Cristo ressuscitado e mais nos afastamos do Seu
fluir. Se precisamos ir a uma conferência para poder saber o que o Senhor quer
para a nossa vida e para a igreja onde me congrego, significa que muito
provavelmente não estou conseguindo mais ouvir diretamente a suave voz do meu
Senhor. Quanto mais um líder se destaca, mais os seus seguidores passam a
adorá-lo e, lentamente, perdem o foco na pessoa de Cristo. Não importa o quão
experiente, constituído e maduro uma pessoa julga ser, a atração pela liderança
humana é algo que está profundamente arraigado em nosso coração. Se essa
liderança é revestida de uma capa de espiritualidade e se torna porta-voz de
muitas "revelações" espirituais, é quase impossível resistir.
O apóstolo João, em sua maturidade, foi
muito exposto, iluminado e por fim liberto em relação ao problema do seu
próprio nome. Após receber maravilhosas revelações de um anjo, em seu primeiro
escrito (João escreveu, nessa ordem, primeiro, Apocalipse, depois seu
evangelho, e por fim as três epístolas)
João, em sua maturidade, cometeu um erro infantil: ajoelhou-se aos pés
do anjo para adorá-lo (Ap 19:10, 22:8-9). João sentiu na carne quão poderoso é
o efeito da revelação sobre a alma humana e quão intensa é a admiração do
instrumento (mensageiro) utilizado para divulgá-la. Depois dessa forte e
vergonhosa experiência, o nome de João, seu ego e seu eu, foram completamente
removidos dos seus escritos. João é um belo exemplo de um líder sem nome, um
apóstolo-presbítero que, após a dura lição aprendida aos pés do anjo,
verdadeiramente negou a si mesmo passando a referir a sua pessoa como "o
discípulo amado", "aquele a quem jesus amava", "o
ancião" etc.
Assim como João, todos nós
(principalmente os que lideram) precisamos, aos pés da cruz de Cristo, aprender
a VERDADEIRA lição de negar a nós mesmos. A parte mais profunda do nosso
corrompido ser é o nosso ego. Nosso nome é a nossa identificação, a expressão
mais íntima e pessoal desse ego. Negar a mim mesmo é negar o meu nome. Se isso
não ocorrer o meu velho homem, totalmente corrompido e caído, ainda atuará por
detrás do véu do meu nome. Quanto maior a exposição de nomes na igreja, maior
será a exposição de homens e maior será a degradação e por fim a divisão. A
divisão inicialmente ocorre em nosso coração, quando outro nome disputa lugar
com o nome do Senhor, mesmo que a pessoa afirme estar usando seu próprio nome
para divulgar o nome de Jesus. Quanto mais intensamente isso ocorrer, mais
intensamente o nome e a pessoa do Senhor serão ofuscados. O corpo será
ofuscado, o candelabro perderá o brilho até se apagar.
Na proporção em que nos afastamos do
rio do Espírito o brilho, a glória e o Senhorio de Deus vão abandonando o grupo
sendo lenta e progressivamente substituídos pela sistematização, tradição e formatação. Por
fim, tais coisas minam a suficiência do governo do Espírito Santo de Deus e conquistam
a confiança e o coração do crente assumindo a direção e o controle de sua vida
espiritual. A espontaneidade da vida é substituída por planos de ação e
projetos e a revelação divina é substituída por sonhos, idéias e pensamentos.
W. Lee disse certa vez: “Não digam como se isso fosse um mero refrão: ‘Estou
seguindo o fluir’. O verdadeiro fluir é o próprio Senhor. Quão errado é agitar
um movimento! Isso é um insulto ao Senhor. É uma ofensa a Ele. Nunca deve haver
um movimento entre nós na restauração do Senhor. Não usem a palavra ‘fluir’
como uma capa para disfarçar um movimento. Quando alguns de vocês falam do
fluir, na verdade vocês querem dizer um movimento. Criar um movimento e então
encorajar outros a segui-lo é cometer um tremendo engano.” (O Espírito e o
Corpo, pg 9, 1977).
Os que ainda estiverem sensíveis à
presença e ao fluir do Espírito Santo percebem que algo errado está acontecendo
e seguem o Cordeiro aonde quer que Ele for. Todavia, os que permanecem no
sistema tornam-se cada vez mais dependentes do mesmo. Irmãos maduros e fiéis passam a defender cada
vez mais ferrenhamente o sistema que sustenta (o vazio de) suas almas. O
coração do crente, desviado do fluir da vida, fica tão dependente do sistema e
da liderança que não suporta qualquer mudança ou crítica aos mesmos.
Por isso, a simples exposição e
crítica à lastimável situação do cristianismo institucionalizado não é suficiente.
Precisamos orar sinceramente para que todos nós e as lideranças (tais como Nee,
Lee, Dong, Hélcio, Valdomiro, Malafaia, RR Soares, Edir Macedo etc) sejam
colocados e mantidos aos pés da cruz e guardados sob a cruz de Cristo. Esta é a
ordem estabelecida pelo Senhor (Mt 23:8-12, 1 Co 4:6-14). Temos esperança que
agindo assim daremos um grande passo para desfrutar o ministério plural e a
multiforme sabedoria e riqueza espiritual que o Senhor dispensa ao Seu
maravilhoso corpo, no fluir do Espírito em Cristo Jesus.
Em Amor, Antipas.
SE EXISTIR, TENHO CERTEZA QUE N�O TEM MUITO A VER COM VNDA DE CAF�S E LIVROS...
ResponderExcluirAVALIAÇÃO DOS FRUTOS APÓS MAIS DE 15 ANOS DE PRÁTICAS E "MOVERES" NA RESTAURAÇÃO NO BRASIL:
ResponderExcluir(Publicado Jun/2002 em: http://www.unidadedaigreja.rg3.net ou http://www.unidade.cjb.net)
Quando li esse compartilhar desse irmão que esteve no ministério de DYL, não pude em discordar de nada, ajuda muito a ver a verdadeira condição que esse ministério caiu, fala de diversos assuntos, que infelizmente, não temos como negar, pois o irmão fala tudo fundamentado na palavra, e por esta mesma palavra, podemos ver claramente o tamanho desse desvio nesse ministério, e como mesmo diz o autor que gostaria de estar errado, e faz um desafio, p/ quem não concordar, que fale o contrário, MAS COM BASE BIBLICA.
PERGUNTO AO SENHOR, O QUE FAZER??
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