Pular para o conteúdo principal

Refletindo sobre a "Base da Localidade" (parte 2): Um Breve Estudo e A mensagem de Austin Sparks depois do seu xeque-mate sobre W. Lee


"Porque ninguém pode lançar outra base, além da que já está posta,
a qual é Jesus Cristo." (1 Coríntios 3:11)



A seguir vemos um esboço da mensagem do irmão T. A. Sparks em Taipei, em janeiro de 1957
A mensagem está baseada na visão do Templo de Ezequiel em Ezequiel 40-48.
O primeiro ponto está fora da ordem cronológica. Isso veio no meio da mensagem, mas soou para mim como aplicado à mensagem em sua totalidade. Isso faz muito significado na luz do testemunho de Harold Hsu que diz que Witness Lee tinha tido uma discussão com T. Austin Sparks com relação à “base da localidade”. Essa mensagem foi liberada depois que eles tiveram uma discussão significativa sobre esse ponto, com outros envolvidos. Sparks sentiu-se guiado pelo Senhor para falar essa mensagem aos que estavam ali em Taiwan....

Nota: Cada reticência (...) na transcrição abaixo representa uma pausa dada pelo irmão Sparks, quando Witness Lee deveria traduzir sua mensagem para o chinês, para os irmãos que estavam participando daquelas reuniões.
Para se aprofundar no que Sparks aborda nesta mensagem  clique [AQUI].

Confissão de T. Austin Sparks sobre o ímpeto por trás dessa mensagem - 31:29-33:00
Eu devo dizer aqui que eu tive um profundo exercício diante do Senhor essa manha, e senti que deveria colocar pra fora todas essas coisas... E livrar-me desse aglomerado de material... E perguntar ao Senhor agora, “O que é isso que o Senhor quer me dizer?...O que o Senhor quer que essas pessoas saibam?” E aqui estão algumas das coisas que Ele tem definitivamente posto em meu coração para falar a vocês.
O resto dos pontos estão na ordem da mensagem em áudio.

Admoestação concernente a tentativa de “montar a igreja” ou “praticar a Igreja” - - 0:00-13:29
Tem uma coisa que eu e você devemos ser bem cuidadosos em evitar… E isso trata-se de resolver as coisas espirituais num sistema técnico... De ser levado pelas técnicas da casa de Deus... Esse é um grande perigo... E eu quero enfatizar isso essa manhã... Aqui está essa grande quantidade de material e detalhes todos juntos, além da nossa capacidade de segurar... Se tivéssemos que resolver isso com um mero sistema técnico, nós poderíamos facilmente destruir a vida.
Especialmente aqueles que têm responsabilidade... Esteja atento a esse perigo… Seria muito fácil para essa bela obra que Deus está fazendo se tornar apenas um sistema técnico... Você pode ter todas as regras e todos os princípios e perder a vida... Estou quase claro que vocês me permitirão dizer isso para vocês... Esse é um perigo que eu tenho lutado por muitos anos... Esse tem sido meu alvo principal, tentar evitar isso... Nós não queremos ver pessoas saindo por aí dizendo isso deve ser feito dessa maneira... é assim que eles fazem em Taipei e nessa outra cidade. Espero que o Senhor nos livre disso... Você não pode simplesmente
colocar as pessoas num sistema e fazê-las viver... Tenho quase certeza que vocês vêem a importância disso.

A casa de Deus e a lei da casa de Deus é Santidade - 13:29-18:29
Ha uma lei na casa... Deus é bem particular em coisas pequenas... Cada pequena coisa tem sua própria medida... é uma medida que é dada por Deus... Você não tem permissão de fazer isso menor ou maior... Aquilo deve expressar exatamente a mente do Senhor.  Na visão da Casa de Deus não é apresentado um sistema... Ele não estava apresentando uma organização... Ele estava apresentando uma pessoa... Essa é a pessoa do Seu filho... Essa é uma casa espiritual... Não um sistema de verdade. A Lei dessa casa é santidade de vida.


A casa de Deus, a igreja, e nossa percepção - 18:29-31:29
Nós devemos ser muito cuidadosos para não tornar Cristo, ou Sua igreja, menor do que ela realmente é... Nós não podemos tornar Cristo menor do que Deus O fez... Não podemos torná-lo apenas o nosso Cristo… nosso pequeno Cristo... O Cristo que pertence a nós... O Cristo da nossa localidade... Temos que ser bastante cuidadosos para não tornar Cristo menor do que Deus O fez... E não devemos fazer a igreja menor do que Deus a faz... Isso não é nossa pequena igreja... Não é a pequena igreja de pessoa alguma... Isso é muito maior do que nossos pensamentos... Vai muito além da nossa imaginação... Isso é um grandioso
Cristo e uma grandiosa igreja... Aqui novamente devemos nos guardar contra os perigos... Esse é o perigo sempre presente de reduzir o tamanho de Cristo e da Igreja.

Primeiro aspecto da casa de Deus – Glória de santidade - 33:00-40:29
O que traz valor é isso... Que a real compreensão da igreja nos fará maior e não menores... Não tem nada que nos salvará mais da pequenez do que a verdadeira compreensão de Cristo... Se nós nos tornamos pequenos ou se a obra se torna pequena em sua mente, então, você não tem compreensão de Cristo
Primeiramente [essa casa], é o lugar da glória de Deus Essa casa é a casa da gloria de Deus... E você nota que todos os setenta versículos lidos dizem que a gloria é a gloria de santidade... Não é apenas algo resplandecente... é uma condição espiritual... Nenhuma mácula tem espaço aqui… Nenhum corpo morto tem espaço aqui… Não há morte ou corrupção aqui… A gloria é a gloria de santidade… Onde corrupção e morte foram removidas… Lembre-se que a gloria depende da condição espiritual... ela depende da santidade.

Segundo aspecto da casa de Deus – Governo e Liderança - 40:29-47:29
Lembre-se que essa é uma casa celestial... A sede do seu governo não é uma igreja na terra... Ainda que esteja em Roma ou qualquer outro lugar... A sede do Seu trono é no Céu. Nós realmente só estamos debaixo desse governo de Deus quando estamos numa posição celestial.
Bem, o que nos temos no livro de Atos coloca isso claramente diante de nos… Lá a igreja está debaixo do governo dos céus… E é uma igreja muito eficaz... Quando a igreja esta debaixo do governo humano ela perde sua eficácia... O governo requer uma posição celestial.
O governo dessa casa é o governo do Espírito Santo... O Espírito Santo usa os homens... Ele deverá escolher os que serão chamados presbíteros... Mas há uma grande diferença entre oficial e espiritual... Você pode ser o que é chamado de presbítero oficialmente e não ser um espiritualmente... Se você é um presbítero espiritualmente, você será compelido a tornar-se oficialmente... Sua medida espiritual será reconhecida... E independentemente de você ser ordenado um presbítero ou não você o será espiritualmente... O governo, eu estou dizendo, é espiritual... Os homens no Novo Testamento foram descritos como homens cheios do
Espírito Santo... Eles eram os apóstolos, eles eram os presbíteros, eles eram os diáconos... Há uma coisa que os fez ser o que eram... “Homens cheios do Espírito Santo.”

Terceiro aspecto da casa de Deus – Testemunho de Vida - 47:29-52:29
Essa casa é um canal ou um vaso da vida de Deus... De uma casa como essa flui vida... é a partir disso que a vida flui... Você não tem que começar o fluir de vida... Você não tem que fazer essa vida... Essa vida vem do manancial... Você não coleta baldes de água... E depois tenta jogar pra fora dessa casa... Não tem nada artificial nisso... Não tem nada de segunda mão... Não tem nada de coisas feitas por homem nisso.
Uma casa onde o Senhor está... À partir daquela casa a vida flui... O testemunho por si só está naquela vida... João falou, “esse é o testemunho”... Você quer saber o que é o testemunho?... O testemunho não é um sistema de doutrinas ou ensinamento… O testemunho não é uma técnica… Esse é o testemunho… Que Deus nos deu a vida eternal… E essa vida está em Seu Filho… O testemunho está na vida… E quando o testemunho está em nós? Quando a vida está em nós, o testemunho está em nós.
Sumário preparado pelo irmão Davi Feo em Nairóbi no final de 2010


Conheça W. Lee - Conheça Austin Sparks e seus escritos sobre fundamentos cristãos.
Para ler a mensagem anterior clique [AQUI] 

Comentários

  1. Amado(a) (V) autor da postagem de 18 de outubro de 2011 18:39. Para uma melhor compreensão é preciso ler a primeira parte http://antipasbrasil.blogspot.com/2011/08/refletindo-sobre-base-da-localidade.html
    Que o Senhor te abençoe.

    ResponderExcluir
  2. Reparem que tudo o que é característico casa de Deus, tão bem expresso na mensagem de T. Austin-Sparks está sendo perdido na "Restauração do Senhor". O próprio ensinamento sobre a base da localidade está em xeque pois hoje pode haver diversos grupos dizendo que são a igreja em uma determinada cidade. Pode existir o grupo vinculado a Dong Yu Lan, o vinculado ao ministério de Witness Lee e ainda outros, que dizem praticar o livro "A Vida Cristã Normal da Igreja", do irmão Watchman Nee. Desta forma proponho uma reflexão: se a base é a localidade, qual destes grupos é a igreja?

    ResponderExcluir
  3. A base da localidade seria apenas a constatação de que em uma cidade há somente uma igreja.
    O testemunho da localidade, entretanto, seria o fato de haver um grupo de irmãos que saíram das divisões e estão testemunhando a unidade do povo de Deus.
    Essas duas doutrinas foram acrescentadas ao ensinamento dos irmãos unidos que já professavam a unidade, tendo saído dos vários grupos cristãos para se reunirem de maneira simples.
    Sabendo destes fatos, há necessidade de cautela para responder a questões delicadas antes de receber e praticar as doutrinas acerca da base da localidade. Eis algumas que escolhi:

    1) Só uma igreja em cada cidade?
    Com respeito à realidade interior, a igreja possui diversos aspectos no Novo Testamento, sendo o mais básico e visivel o aspecto de assembléia (Ekklesia). Esse aspecto deveria "evoluir" para Corpo de Cristo, Família de Deus, Novo Homem, Reino de Deus, Guerreira etc. Se uma assembléia se reúne mas, com o tempo, não apresenta esses aspectos, então essa assembléia é apenas isso, uma assembléia, um ajuntamento de pessoas que tem algumas coisas em comum.
    Quanto à forma exterior, o livro de Romanos prova que havia naquela cidade várias assembléias. Elas não disputavam entre si, tinham comunhão, mas se reunindo em casas diferentes e não havia problema algum.
    Voltando à pergunta: só uma igreja em cada cidade? Depende do aspecto que está sendo tratado. Se me perguntarem com respeito ao aspecto assembléia, sou forçado a dizer que há várias igrejas (assembléias) em uma cidade. Se me perguntarem com respeito ao Corpo de Cristo, tenho de admitir que há somente uma igreja em cada cidade, porque o Corpo de Cristo não pode ser dividido.

    ResponderExcluir
  4. 2) O testemunho da unidade é uma assembléia que saiu de um sistema religioso?
    Bem, esse assunto é mais complexo que o primeiro. Para poder respondê-lo precisamos primeiramente entender o que é unidade para Deus. Em Jo 17, em uma "conversa" particular entre o Filho e o Pai, uma das poucas que, por ter sido falada em voz alta, foi registrada por alguém, o Filho diz que queria muito que eles (nós) tivéssemos a mesma experiência que Ele (Jesus) e o Pai. Uma experiência totalmente desconhecida pela raça humama. O Pai estava no Filho e o Filho estava no Pai. Podemos dizer, com base nessa "conversa" íntima, que a unidade é estar em Cristo e Cristo estar em Deus de forma tão íntima que as palavras humanas não poderão jamais traduzir. Trata-se de uma unidade no interior do Deus Triúno.
    Bem, voltando a questão (2). Quando uma ekklesia se ajunta para testemunhar a unidade, seria necessário ou imprescindível que toda aquela assembléia estivesse em total unidade com o Pai e com o Filho. Isso é possível? Quem pode garantir isso? Se de 100 pessoas reunidos, uma e apenas uma, estiver fora do Espírito então esse testemunho da unidade será um fraude, já que não existe 99% de unidade em Jo 17 ou é 100% ou há mistura que Deus não aceita.
    Se por um acaso, a ekklesia conseguisse que todos os irmãos que estão ali estivessem na comunhão com o Pai e com o Filho, então, passaríamos para o segundo aspecto a ser comprovado: todos os demais irmãos da cidade que não estão presentes na ekklesia tem de estar fora da comunhão com o Pai e com o Filho. Se ao menos um deles estiver naquele momento em Cristo então aquele testemunho visível de unidade também está com problemas, porque excluiu do seu meio um irmão na cidade que também estava "testemunhando" a unidade.
    Por esse dois motivos, dizer que uma assembléia é o testemunho da unidade é tão comprometedor que essa tarefa somente pode ser atribuída ao Espírito Santo. Ninguém além dEle pode saber se ha unidade em uma assembléia e se há divisão fora dela. Nenhum ser humano pode testemunhar isso com plena certeza de fé.
    Por esse motivo, acredito que o testemunho da unidade esteja desvinculado da assembléia como acreditavam os irmãos unidos e, por tabela, W. Nee e W. Lee.
    Creio que o testumunho da unidade é eu e você leitor estarmos em Cristo. Quando isso acontece, surge o testumunho da unidade. Quando outras pessoas presenciam esse fato e são atraídas por Cristo, o testemunho aumenta. Entretanto, quando eu e você nos afastamos de Cristo ou O substituímos por outras coisas, o testemunho desaparece.
    Eu creio que em uma cidade há somente uma igreja. Creio também na unidade do povo de Deus. Mas não creio que ela possa ser alcançada ou "testemunhada" apenas ajuntando pessoas em torno de um punhado de doutrinas, a fim de que elas falem a mesma coisa, excluindo todos os demais que estão nos grupos cristãos, mas que amam o Senhor e vivem no Espírito.

    ResponderExcluir
  5. Caro irmão anônimo que postou comentário em 9 de novembro de 2011, 09:37:

    A sua referência ao capítulo 16 da carta de romanos para provar que naquela cidade havia várias igrejas, não desmente a verdade bíblica de que aos olhos de Deus e do Seu Santo Espírito que inspirou a bíblia, em cada cidade só pode haver uma única igreja.


    Percebe-se pelo contexto do capítulo 16 de Romanos que a única casa onde o apóstolo Paulo se referiu expressamente como A IGREJA, foi a casa de Priscila e Áquila,(v.5) certamente porque não se pode separar a igreja da autoridade e do governo de Deus, que nesse contexto são representados pelo casal de irmãos. A prova disso é fato de Paulo ter ressaltando a condição de cooperadores de Priscila e Áquila no versículo 3, para denotar dever de obediência a estes, conforme lemos em 1.Co.16:16.


    O próprio irmão Nee tratou deste assunto de maneira muito clara no livro Palestras Adicionais sobre a Igreja (por favor, leia).

    É disso que Jesus fala em Mateus capítulo 18, quando, ao tratar do irmão que se recusa a se arrepender, o caso deve ser levado à igreja. De certo que se trata do governo da igreja. De qual igreja? Ora, da única igreja existente na localidade, não importando o número de casas ou locais nos quais se reúnem os santos...

    Ademais, sabe-se que Paulo quando escreveu a carta aos romanos jamais tinha visitado a cidade de Roma (cap.15:14-24).

    No início da carta que Paulo escreveu aos coríntios, endereçou " à igreja de Deus que estava em Corinto" (1Cor.1:2). Aos romanos, por sua vez escreveu: " A todos os amados de Deus que estais em Roma..." (cap.1:7a).

    Essa semelhança demonstra que Roma, já naquela época, em comparação a igreja em Corinto, lugar de onde Paulo escreveu a carta aos romanos, também não estava em uma condição normal no que se refere à base e governo da igreja, sendo inclusive exortada sobre o dever de obediência às autoridades (cap.13) e sobre aqueles que causam divisões e escândalos na igreja (cap.16:17).


    O fato é que qualquer distinção que tente fazer entre o ensino a respeito da base da igreja (limite da localidade) e o fundamento da igreja (Cristo), não tem muito sentido, pois a igreja está fundamentada nos ensinamentos dos apóstolos e profetas, (Ef.2:20) que incluem a revelação de Jesus Cristo como o único fundamento (1.Cor.3:10,11) e, também, a cidade como limite da igreja local (1Cor.1:2; Ap.1:11).

    Esta palavra ou ensinamento está exatamente de acordo com a rocha a que se refere o Senhor Jesus em Mt. cap. 07, ou seja, de que nossa prática e obra deve ser segundo a pura revelação de Sua palavra, que foi trazida até nós pelos escritos dos verdadeiros apóstolos e profetas, rocha na qual devemos erguer nossa casa e, também, a casa de Deus.

    ResponderExcluir
  6. Ótimas observações, tanto do Anônimo do comentário de 9 de novembro de 2011 09:37 quanto do jralexandre22 (comentário de 11 de novembro de 2011 16:03).

    Ainda farei algumas colocações que acho pertinentes. O que vejo atualmente, ao contrário do que o jralexandre22 falou, é que não há necessidade de se aderir a nada que não seja Cristo para se ter uma verdadeira igreja.

    Tome a base da localidade, por exemplo. Com base em que podemos dizer que as igrejas ou apóstolos do primeiro século defendiam o limite da igreja como a cidade? Se diversos grupos que estão numa cidade se intitulam a igreja na cidade e tem diferenças entre si de tal maneira que não podem permanecer juntos, então há um problema nesse ensino, nesses grupos ou em todas essas opções.

    Agora pergunto: porque grupos como o que falei no parágrafo anterior não se harmonizam? E a resposta é: por que falta tomar a cruz de Cristo que abole todas as diferenças! Vejam que já voltamos para o único fundamento, que é Cristo. Na verdade, se apenas Cristo é o Senhor então teremos a verdadeira igreja, sem que tenhamos que seguir a maneira de W. Nee, W. Lee ou qualquer outro. Se qualquer outra coisa, seja ela dons, ênfases, líderes, doutrinas como a base da localidade de que estamos tratando, for mais enfatizada que Cristo ou mesmo se tornar um requisito adicional para se ter "uma igreja verdadeiramente neotestamentária" ou uma "restauração ao princípio" então em pouco tempo o que o Espírito Santo começou se tornará uma mera técnica e poderemos até chegar a um sistema pior que o denominacional, o de Laodicéia, onde há a pior condição possível, a cegueira total.

    Abraços,

    Francisco Ricardo

    ResponderExcluir
  7. Caro irmão Francisco Ricardo, o problema não está no ensino nos irmãos Nee ou Lee no tocante a doutrina da base da localidade, até porque, o ensino não é deles, mas sim, do Espírito Santo que por sua vez soprou aos apóstolos e profetas da bíblia.

    O fato dessa verdade bíblica ser mal aplicada ou distorcida por um grupo de irmãos não tem o poder de transformar a própria verdade em mentira.

    Além disso, o ensino da base da localidade não deve ser dissociado de outros princípios básicos que formam o seu conteúdo, como por exemplo, a autoridade exclusiva do Espírito Santo, a inclusão de todos os santos, a disciplina, etc, pois o simples fato de adotarmos o nome da cidade como a igreja não nos torna necessariamente a igreja na cidade.

    Rogo ao irmão que leia o livro Palestras Adicionais da Vida da igreja que pode ser baixado em texto protegido apenas para leitura aqui: http://www.4shared.com/document/VimYz1ql/Watchman_Nee_-_Palestras_Adici.html?

    Leia cuidadosamente e confronte com o livro de autoria de David W, Dyer (a base da localidade) e o áudio acima de Austin Sparks e você verá, no Senhor, quem possui o verdadeiro ensino que é segundo a piedade, em relação a esse tema tão importante para os filhos de Deus.

    Jesus é o nosso amado Senhor!

    ResponderExcluir
  8. Ouso discordar do irmão jralexandre222. Já que a "base da localidade" é de inspiração do Espírito Santo, onde está então esta doutrina na Bíblia?

    Uma coisa é atentarmos para prática relatada pelo Novo Testamento. Lá, sem dúvida, havia uma igreja em cada localidade. Mas onde há a doutrina "base da localidade"?

    Na página do Orkut "Watchman Nee - Brasil", em um tópico sobre a base da localidade, há uma discussão sobre a ênfase inexistente sobre a base da localidade na Bíblia. Entre alguns posts, postei o seguinte:
    "O fato é que a Bíblia não tece comentários a respeito da suposta “base da localidade”. Portanto, nos apresenta apenas a prática, mas não a acompanha de qualquer embasamento doutrinário ou histórico. Por isso,
    seguindo o princípio de que onde a Bíblia se omite nós também devemos nos omitir, ou seja, se a Bíblia não ensina nós também não devemos ensinar, a “base da localidade” como doutrina deve ser entendida como um ensinamento extra-bíblico. Já a prática, esta sim é vista na Bíblia. Portanto, nada mais coerente que praticarmos o modelo apresentado na Bíblia, sem, contudo, o elevarmos à categoria de doutrina fundamental ou ensinamento essencial. Vejam como é importante nós termos clareza no que diz respeito a diferença entre a prática e o ensino respectivo à prática. No NT, temos o batismo, seguido do devido ensinamento e embasamento da doutrina a seu respeito (Rm. 6:1-23); temos também a Mesa e a Ceia do Senhor, devidamente
    esclarecida do ponto de vista doutrinário (1 Co. 10-11); até mesmo sobre os dons espirituais, incluindo o dom de línguas (1 Co 12; 14). Portanto, não resta dúvida que se ensinamos sobre estes assuntos, temos o devido enfoque
    doutrinário devidamente fornecido pela Palavra de Deus. Já com a “base da localidade” não há esse enfoque doutrinário. Como já mencionei anteriormente, quando se tratou de divisão entre
    os irmãos, em nenhum momento Paulo lembrou de nenhuma “base local”, mas sim do fundamento espiritual da unidade: o próprio Cristo. Portanto, não há nenhum autorizamento bíblico para que possamos tratar da divisão em uma localidade apelando para a “base da localidade”."

    Portanto, não devemos confudir prática e doutrina. O erro de Nee e Lee foi elevar a "base da localidade" a um patamar acima do que a Bíblia propôs, elaborando uma doutrina que a Bíblia não elaborou.

    ResponderExcluir
  9. Quando Paulo escreveu uma carta endereçada a uma igreja aonde havia sérios problemas de divisão, fez questão de logo no início da carta indicar que estava escrevendo para a igreja (singular) que estava em Corinto! Jesus mandou João escrever sete cartas às sete igrejas da Ásia. Se isto não pode ser visto como ensinamento, então o que pode ser chamado de ensinamento dos apóstolos? Por outro lado, ao se reconhecer a prática como verdadeira, então somos forçados a reconhecer que está de acordo com o ensino ou doutrina dos apóstolos que por sua vez receberam do Espírito Santo. Por fim, se há somente um corpo e o corpo é a igreja, está implícito que essa prática ou ensino é fundamental à genuína edificação da igreja.

    ResponderExcluir
  10. caro irmão, o problema é que estas menções vistas na Bíblia jamais adquirem no texto bíblico a relevância doutrinária que outras questões receberam. Como você citou o livro "Palestras Adicionais sobre a vida da igreja" de W. Nee, vale lembrar que lá ele afirma que a Autoridade do Espírito Santo é incompleta se não houver a "base da localidade". Antes de mais nada, esta afirmação, além de não ter nenhum embasamento bíblico, é totalmente equivocada, porque nada pode se comparar à autoridade do Espírito Santo, ninguém podem afirmar que a Autoridade do Espírito Santo, que é a autoridade do próprio Deus, é algo incompleto. Depois, onde há esta ênfase na Bíblia sobre a "base da localidade". Tudo bem, Paulo chama os irmãos de Corinto como a Igreja de Corinto, identificando-os com a cidade onde residiam, mas onde Paulo diz que esta particularidade na forma de reunir tem importância tal, que pode ser elegida como complemento à autoridade do Espírito Santo?
    Portanto, irmão, a "base da localidade" segundo W. Nee e W. Lee tem uma importância tal que a Bíblia não diz que tem. Eles construíram um ensinamento que a Bíblia não construiu. Eles elegeram o aspecto local da igreja mencionado pela Bíblia, e construíram sobre ele uma doutrina teológica que não existe no texto bíblico. Lee chega a dizer que a "base local" é item da fé. Este tipo de afirmação, definitivamente não existe na Bíblia. Portanto, não podemos confundir uma prática bíblica com uma doutrina humana. Essa questão de valorizar demais uma prática e torná-la doutrina foi o grande erro dos pentecostais. Paulo, em 1 Co. 12 e 14, tratou logo de baixar a bola dos que queriam dar ao dom de língua uma importância maior do que era necessário. Portanto, a base local, nos escritos de Nee e Lee, ganha uma importância bem maior do que a Bíblia dá. Esse é o grande erro e o grande desvio.

    ResponderExcluir
  11. Desculpem, mas esqueci de postar o comentário anterior foi escrito por mim (Emanoel). Só para identificar...

    ResponderExcluir
  12. Amado irmão Emanoel:

    É claro que autoridade do Espírito Santo em si mesma é e sempre será completa.

    Contudo, não vemos a Sua autoridade prevalecer nas denominações (divisões) no tocante à verdade da base da localidade, (que é uma unidade revelada na bíblia) a não ser que o irmão considere que a base territorial (não confundir com o fundamento que é Cristo) das chamadas igrejas denominadas, grupos livres, etc., estejam de acordo com a autoridade (vontade) do Espírito Santo.

    O próprio irmão, em comentário anterior, admitiu que a prática derivada do princípio ou verdade bíblica de uma igreja em cada cidade é verdadeira. Logo, TODAS as denominações estão erradas na sua base.

    É neste ponto que a autoridade do Espírito Santo é, na prática, incompleta, na medida em que é a vontade ou autoridade do homem em edificar uma seita que tem prevalecido.
    Aqui deve-se compreender a palavra seita como sendo todo grupo cristão posicionado em uma base menor ou maior do que os limites de uma cidade, ou em outras palavras, fora da autoridade da palavra e do Espírito Santo revelada na bíblia.

    Perdão irmão, mas não considerar como relevante a verdade bíblica de que, aos olhos de Deus, só deve haver uma igreja em cada cidade, sendo esta, portanto, a maneira do Senhor edificar, em unidade de Espírito, a igreja local, (Ef:22) é querer buscar ocasião para a carne no que se refere a obra de Deus.

    É claro que a verdade relacionada à base correta da igreja deve estar associada a outros itens (práticas, princípios e verdades) que são mencionados pelo irmão Nee em seu livro Palestras Adicionais Sobre a Vida da Igreja, para o efeito de se andar de modo digno de Deus no plano individual e de testemunhar adequadamente de Jesus Cristo no plano coletivo (para que o mundo creia). Caso contrário, corre-se o risco de cair no conceito pejorativo do chamado localismo, que pode ser traduzido como a ênfase demasiada dada à base da localidade, sem contudo, atentar para os demais itens que identificam uma genuína igreja local.

    Mas essa distorção não invalida a verdade de que a maneira prática revelada na bíblia por Deus para edificar a Sua igreja é: Uma igreja, uma cidade, ponto.

    Jesus é o Senhor!

    ResponderExcluir
  13. A base da localidade é impossível de se implementar na prática. No caso de cidades grandes, por exemplo, só poderia ser implementada se cosiderarmos cada cidade como sendo um bairro por exemplo. Imagina se fosse possível "converter" todas as denominações para esse ensinamento. Não existiria um espaço físico capaz de alocar toda essa gente em uma só cidade. Seria necessário, de qualquer maneira, existir várias igrejas locais em uma mesma cidade. Aliás, mesmo as igrejas que se consideram "locais", não o são na prática. Existe um registro legal, um CNPJ propiamente dito. Triste ilusão. Conheço denominações que se intitulam Comunidade Cristã do "Nome do Bairro". E aí? Eles não estariam praticando a localidade? Eles seriam, ainda assim, uma divisão? Essa questão da localidade não é essencial para busca da salvação, que é Cristo. Na verdade, é algo que, em vez de unir, causa desagregação e confusão. Artigo interessante: http://www.icp.com.br/53materia2.asp

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Deixe seu comentário:

Postagens mais visitadas deste blog

Igreja em Sumaré - Início da Libertação?

Assim como outras igrejas tem se libertado clique [AQUI] para saber mais ,  acreditamos que a mensagem liberada na igreja em Sumaré-SP, próxima à Estância Árvore da Vida,  possa ser um retorno ao princípio.  Nesta mensagem os irmãos responsáveis (lê-se presbíteros) começam a soltar o verbo (literalmente) em claro sinal de desgosto e desaprovação à atual situação das igrejas sob o domínio do império Árvore da Vida. Para maiores esclarecimentos leia também: As divisões sempre são más? Existe um mover atual? Tradições da Igreja Árvore da Vida Ministerialismo na Árvore da Vida Você está em uma igreja ou em uma organização? Manutenção do poder na Árvore da Vida Esta mensagem (liberada em 15 de maio de 2011) expõe tabus, aborda pontos polêmicos e DONG-MAticos (dogmáticos) da chamada "restauração do Senhor" tais como: - As igrejas tem liberdade para desfrutar a literatura que estiver mais adequada às suas necessidades. - Problemas causados pela associação da igreja com

Refletindo sobre a "Base da Localidade" (parte 1): Austin Sparks X Witness Lee

Conheça  W. Lee  - Conheça  Austin Sparks  e seus escritos sobre  FUNDAMENTOS O xeque-mate de Sparks sobre Lee T. Austin Sparks perguntou: “O que vocês querem dizer com a Base da Igreja?” Witness Lee disse: “Aplicado pelo “tipo” do Velho Testamento, Israel não podia construir o templo na Babilônia, ou no deserto, mas apenas em Jerusalém, que era a base original”.  T. Austin Sparks falou :   “Sim, mas qual é a base original de Jerusalém?” Lee respondeu : “E onde o Espirito Santo pela primeira vez edificou a igreja em uma localidade, uma igreja em Atos”. T. Austin Sparks então falou: “Isso é a tua interpretação! Ate onde eu sei a Base real da Igreja nao é uma localidade, uma igreja, mas é o próprio Cristo!” Quando eu ouvi isso foi um choque para mim, pois eu também estava apoiado ao ensinamento de W. Nee aquela época. Foi um grande choque pra mim pessoalmente perceber que a base original de Jerusalém não é uma localidade, uma igreja, mas sim, o próprio Cristo! Por
Texto MUITO atual, apesar de ter sido publicado Jun/2002 em: http://www.unidadedaigreja.rg3.net ou http://www.unidade.cjb.net). OBS: Atualmente as referidas páginas estão indisponíveis. ÍNDICE: - INTRODUÇÃO 1 O DESVIO DO ENSINO EM RELAÇÃO AO ENSINO DOS APÓSTOLOS: 1.1 O ensinamento da "presente verdade" como verdade "atualizável" conforme o "mover de Deus" 1.2 O ensinamento sobre "revelação de primeira mão" como um tipo de revelação vedada aos santos em geral, sendo permitida por Deus apenas ao apóstolo 1.3 O ensinamento da Unidade como uma homogeneização oriunda de práticas exteriores 1.4 O ensinamento sobre "ser um com o ministério", como uma dependência exclusiva de uma total subordinação a um ministério particular de um homem, para poder ser agradável a Deus 2 AS ESTRATÉGIAS DAS PRÁTICAS QUE INDUZIRAM AO DESVIO DA ECONOMIA NEOTESTAMENTÁRIA DE DEUS: 2.1 A centralização em um oráculo único e exclusivo, como forma de