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A transparência do Reino de Deus

"Quem não deve não teme", diz o ditado. Mas, dever e temer o quê?
             Dívida não é só financeira, mas tudo quanto deixa algo a desejar em nós tanto como indivíduos, quanto como família e ainda mais como igreja. Dívida sempre terá alguma consequência ruim, desde um simples desconforto na consciência até a ruína total – e é isso que precisamos temer. Os líderes dos grupos cristãos deveriam ser os primeiros a dar este exemplo, sendo transparentes quanto a tudo o que fazem na e pela igreja, não mentindo para ninguém (Cl 3:9) e confessando suas falhas e seus pecados (Tg 5:16).
            Muitas vezes, porém, preferimos não liquidar nossas dívidas, mas escondê-las. Aí, o principal temor
será de que alguém as descubra. Mas irritamo-nos quando outros escondem as suas dívidas, porque esta atitude nos prejudica. Passamos então a exigir “transparência”, isto é, que o outro revele sua verdadeira posição. Às vezes nossa dívida também é só conosco mesmos. Por exemplo, quando deixamos de fazer um exame periódico de saúde, no qual o médico adota suas técnicas para enxergar nosso corpo por dentro e revelar algum possível mal antes que este se torne grave. Isto também é uma forma de falta de transparência.
            A transparência pode ser desagradável porque revela o que temos de mau e nos obriga a combatê-lo. Mas todos sabemos que ela é necessária para resolver de vez nossas deficiências (“saldar nossas dívidas”) – e que o resultado será uma vida muito melhor, porque “quem não deve, não teme”.
             Em apocalipse 2 e 3 vemos cartas de Cristo endereçadas a cinco igrejas com boas qualidades e intensões, mas que tinham algo podre escondido. Jesus diz que enxerga tudo isso, com olhos “como chama de fogo” (se escrevesse hoje, talvez falasse em “olhos de raio-X”).  No capítulo final do livro vemos a Nova Jerusalém, que descia do céu como um cubo de jaspe cristalino (Ap 21:11-12, 16). Isso manifesta o desejo de Deus para Sua igreja hoje: Transparência.
             Não importa o quanto fujamos, diante de Deus somos totalmente transparentes, com todas as nossas dívidas bem à vista. Assustador? Sim, quando vemos só a “radiografia”. Note, porém, que no final das cartas o Senhor Jesus traz uma grande promessa para quem não foge deste exame e permite que Deus interfira. Esta pessoa descobre que as “dívidas” reveladas na verdade já foram pagas pelo sangue derramado no sacrifício perfeito de Cristo:
"tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu- o inteiramente, encravando-o na cruz;"   (Cl 2:14 ARA)
Por que não ser transparente, então? 

 Fonte: Presente diário de 20 de fevereiro de 2013, adaptado por Alex Brito.

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