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Duas cabeças na noiva de Cristo?

Será que o Cordeiro está procurando uma noiva assim para desposar?
O homem foi criado a imagem e semelhança de Deus. Da mesma forma a igreja, o corpo de Cristo, é o Seu aumento e a expressão da Sua vontade. Hoje sabemos que só pode existir uma cabeça para cada corpo, todavia, muitas "autoridades" estão tomando DECISÕES no mínimo questionáveis (para não dizer anti-bíblicas, comerciais, coercitivas, manipuladoras etc). Estas decisões surgem como uma OUTRA CABEÇA no Corpo de cristo. Podemos não ver a gravidade disto, mas basta dar uma olhada na foto ao lado para perceber que há lago MUITO ESTRANHO no corpo.

O PRINCÍPIO DO GOVERNO
         No início de nossa discussão, o funda­mento que precisamos entender é que Jesus Cristo é O Cabeça de Seu corpo. Isso significa que Ele é o único governo. Isaías 9:6 diz: "...e o governo está sobre os Seus ombros" (NVI). Ele é alguém que dirige todas as coisas. Ele é quem toma todas as decisões. Ele é o líder. Ele é a Cabeça. Lemos: "Porque Ele é a Cabeça do corpo que é a igreja" (Cl 1:18 - NVI). Além disso, somos ensinados que Ele é "...cabeça de todas as coisas para a Igreja" (Ef 1:22 - NVI). Também vemos que Ele deve ter primazia sobre "todas as coisas" (Co 1:18).
Vamos parar aqui um momento e meditar na analogia refe­rente ao corpo. Deus usa essa figura para nos revelar Sua von­tade e autoridade. Em um corpo humano, a cabeça dirige tudo. Nenhum outro membro pode tomar decisões. Nenhuma outra parte está qualificada para guiar as outras.
Embora o corpo seja extremamente complexo e tenha dife­rentes tipos de membros e órgãos, a cabeça dirige as funções de todos eles. Os olhos podem ser muito aguçados, mas nunca con­seguem dirigir o corpo. O coração pode ser muito saudável, mas ele nunca pode tomar decisões. As pernas podem ser fortes, mas elas não dão direção aos outros membros. Embora haja um sis­tema de nervos que transmitem a vontade da cabeça a todas as outras partes, estes nervos nunca se tornam capazes de pensar, raciocinar e então tomar decisões por conta própria.
Assim também é no corpo de Cristo. Jesus foi colocado pelo Pai como a Cabeça de tudo. Até hoje, Ele ainda mantém esta posição. É intenção de Deus que Jesus governe cada movimento de Seu corpo. Cada obra, cada palavra, cada aspecto do corpo deve ser governado pela Cabeça. Nenhum outro membro pode substituí-La. Ninguém mais pode tentar usurpar ou comparti­lhar dessa autoridade. Jesus Cristo é perfeitamente capaz de sus­tentar cada molécula do Universo. Então, Ele também é capaz de funcionar como a Cabeça de todas as coisas para a Igreja.
Contudo, a Igreja hoje parece ser um tipo de monstro mitológico, como Hidra, uma criatura com muitas cabeças. Para onde se olha, há sempre muitos homens e mulheres afirmando ter autoridade. Eles estão governando, dirigindo e direcionando um ou outro tipo de igreja, a todo vapor. Talvez sem imaginar, muitos crentes estejam competindo com Jesus para ser a Cabeça de pelo menos uma parte de Sua Igreja.
A cada dia, outra "cabeça" começa a brotar, reivindi­cando ter um mandado do Senhor para dirigir uma parte de Sua obra. Muitos deles estão insistindo em que os crentes se sub­metam à sua autoridade, já que ela foi "recebida de Deus". Mas, a qual deles devemos nos submeter? Qual dos milhares ou mesmo dos dez milhares de figuras de autoridade, que vemos na igreja hoje, é realmente a verdadeira?


A RESTAURAÇÃO DA IGREJA
No século passado uma nova idéia teológica se levantou. Tal pensamento afirma que a prática genuína da Igreja necessita ser "restaurada". Isso significa que deveríamos retornar à prática do Cristianismo, como se fazia no Novo Testamento, incluindo sua vida diária, ministério e estilo de reuniões. Um dos que deram origem a este movimento foi Watchman Nee.
A partir dele, muitos outros se levantaram, afirmando ser detentores do padrão para tal restauração. Cada um acredita que compreendeu o "padrão do Novo Testamento" mais pre­cisamente e está trabalhando para conformar as igrejas, debaixo de sua influência, a este padrão.
Para alguns, tal padrão é o reconhecimento de apóstolos e a submissão a eles. Insistem em que, nos submetendo à autori­dade deles, chegaremos à experiência da Igreja primitiva. Uma parte do pensamento deles é que na Igreja atual está faltando autoridade apostólica e, pela restauração da submissão a esses apóstolos, a verdadeira Igreja será experimentada.
Incontáveis apóstolos estão circunavegando o mundo, procurando por grupos vulneráveis às suas idéias e conformando-os à sua ênfase particular. O pensamento deles é que, quan­to mais grupos estiverem sob sua autoridade, mais a Igreja ver­dadeira será restaurada. Embora as fórmulas variem de acordo com cada indivíduo, a idéia geral é que, apenas através da sub­missão ao ministério deles, as pessoas podem, realmente, estar agradando a Deus.
Outros têm uma doutrina sobre a "base" da igreja. Alguns pensam, por exemplo, que, se somente nos encontrarmos debaixo da bandeira de ser "a igreja em alguma cidade em par­ticular" (a igreja em São Paulo, por exemplo), estaremos nos reunindo da forma correta. Acredita-se que o segredo está no nome que é usado para identificar o grupo dos crentes.
As igrejas do Novo Testamento, dizem eles, não tinham nome, mas eram apenas identificadas pelo nome de sua locali­dade. Assim, se eles pudessem persuadir cada um a deixar de lado seus nomes particulares e se reunir com eles sob a bandeira de ser "a igreja da cidade em...", a unidade da Igreja seria restau­rada. Essa seria, então, a verdadeira experiência do Novo Testamento.
Mais recentemente iniciou-se um movimento que faz encon­tro nos lares. Acredita-se que o problema da Igreja atual é o local onde nos encontramos. A construção de grandes catedrais, obvi­amente, é anti-bíblica. A posição de um líder em uma platafor­ma e o resto dos membros nos bancos inibe o funcionamento apropriado do corpo. Portanto, se voltássemos às práticas do Novo Testamento, de encontros nas casas, tudo se transfor­maria. Isso iria agradar a Deus.
Então, agora vemos "o movimento da igreja nos lares", colo­cado como resposta para a restauração da Igreja. Livros estão sendo escritos e conferências estão sendo feitas para propagar essa prática considerada essencial.
A idéia básica por trás deste e de muitos outros esforços é esta: se nós, de alguma forma, pudéssemos voltar ao padrão exato e à prática dos crentes do Novo Testamento, Deus se agradaria tanto, que desceria correndo do céu para nos abençoar. Se, de algum modo pudéssemos pôr "as coisas em ordem", isso seria exatamente o que Jesus estaria esperando ansiosamente, e então começaria um reavivamento. Se nós, finalmente, pudéssemos imitar o que os cristãos faziam no livro de Atos, então seríamos cheios do Espírito e de poder. O que Deus poderia desejar mais do que uma exata reprodução do Cristianismo do Novo Testamento?
Meu conselho para esses queridos irmãos é: esqueçam isso! Dessa forma, nunca chegaremos ao lugar onde Deus nos quer. Nunca poderemos restaurar a Igreja. Simplesmente, esse não é o nosso trabalho. Somente Ele pode fazê-lo. Se imaginamos que podemos "restaurar" a Igreja ao padrão e às práticas do Novo Testamento e que, de alguma forma, isso irá agradar a Deus, estamos enganados.


            PRECISAMOS RESTAURAR A CABEÇA
O problema com essas idéias, é que estamos colocando o carro na frente dos bois. Não podemos restaurar a Igreja. Jesus é o único que pode restaurar qualquer coisa. Portanto, o que pre­cisamos é recolocar Jesus em Seu lugar de direito entre nós. Precisamos restaurar o lugar da Cabeça. Quando Ele for a Cabeça sobre todas as coisas em nossa experiência cristã, então, e somente então, a Igreja será restaurada. Enquanto tivermos entre nós "cabeças" competindo com Cristo e outras figuras de autoridade entre nós, sempre estaremos fora da meta.
Por que não temos hoje a experiência do Novo Testamento? Porque perdemos nossa Cabeça. Nós A substituímos por ho­mens que usam uniformes, títulos e posições. Temos olhado para figuras de autoridade que são terrenas, humanas e falíveis, em vez de olhar para o Único que deve dirigir todas as coisas. Nós temos colocado nossa confiança em meros seres humanos, em lugar do nosso divino Líder.
Em vez do Deus invisível ser o Senhor responsável por nos­sas vidas, nossos ministérios e nossos encontros, temos meros seres humanos como nossos guias. Temos pensado que podemos relegar Jesus ao lugar de um mero espectador, enquan­to andamos de cá para lá, fazendo coisas bíblicas para agradá-Lo.
Se quisermos reavivamento, precisamos recolocar Jesus em Seu legítimo lugar dentro de nós e entre nós. Se quisermos experimentar o mesmo que os primeiros crentes, precisamos remover toda e qualquer "autoridade" substituta. O único jeito do corpo de Cristo funcionar normalmente é com a verdadeira Cabeça governando cada atitude e ação dos membros e da vida do corpo.
A hora chegou de todos os crentes se arrependerem de sua dependência de lideranças humanas. Também é o tempo para nos arrependermos, se somos culpados de ocupar o lugar de Jesus no meio de Seu povo. Hoje é o dia para voltarmos ao nosso verdadeiro Rei e entronizá-Lo como o autor e o diretor de todas as nossas vidas pessoais, todos os nossos encontros na Igreja e de todos os nossos relacionamentos.
Agora é a hora de restaurar o governo de Deus em nós e entre nós. Podemos depender Dele para nos levar de volta ao genuíno padrão do Novo Testamento. Na verdade, este é o padrão do Novo Testamento.


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