DECLARAÇÃO DE INDEPENDÊNCIA
"Quanto mais coisas fora de Cristo nos tornam dependentes, menos dependentes de Cristo nos tornamos."
No mês da declaração da independência, o site Antipas Brasil irá publicar uma série de reflexões sobre este assunto. No dia da declaração de independência do Brasil contra a dominação de Portugal, conta a história que D. Pedro ergueu sua espada às margens do Rio Ipiranga e bradou: “Independência ou morte!”. Semelhantemente, diante do domínio do sistema religioso babilônico que atua sobre as igrejas de Deus, ocorre o despertar daqueles que receberam a comissão de erguer a espada do Espírito e colocar as suas vidas no altar em defesa do Evangelho. Nossa esperança é que, através dessa luta e da genuína consagração dos servos de Deus, em Cristo Jesus, a vida triunfe sobre toda situação de morte e degradação.Os cristãos genuínos percebem a forte necessidade atual de nos libertarmos de tais forças malignas que assombram as igrejas. A igreja padece diante do forte assédio de uma crescente força unificadora e controladora. Força esta planejada, desenvolvida e executada por homens bons, dotados de muita imaginação, de mentes férteis e brilhantes, mas que induzem o povo de Deus a todo tipo de erro. Um dos erros mais sutís e difíceis de serem percebidos e combatidos é a negação do poder da piedade. O grande mistério da piedade é Deus, pela fé, sendo expresso em nosso viver em Cristo, por meio do poder do Espírito Santo (1 Tm 3:16, Gl 2:20, Gl 5:25, Rm 15:13, 19). Devemos, portanto, rejeitar e nos afastar de tudo e de todos os que promovem, ensinam ou possuem a aparência da piedade, mas lhes negam o poder (1Tm 4:7, 1 Tm 6:3-6, 2Tm 3:5). Tais forças tiram a vida, a
força e o poder necessários para que, pela fé, possam tomar posse de Cristo, e viverem piedosamente.
força e o poder necessários para que, pela fé, possam tomar posse de Cristo, e viverem piedosamente.
Esse sistema centralizador, em maior ou menor grau, tenta uniformizar e controlar as assembléias a ele vinculadas. A alma humana sente necessidade de estar inserida em um grupo. Faz parte da natureza humana a formação de grupos, nos quais são encontradas melhores condições para se realizar aquilo que se deseja fazer.(Gn 11:6). É certo que esta união traz muita força e poder, mas não é isso que o Senhor quer, por isso esse tipo de união foi combatida por Deus desde o princípio (Gn 11:7-8). Babel é o nosso grande exemplo. Babel é a semente de Babilônia! Busquemos as origens do sistema babilônico para podermos compreender melhor as forças contra as quais lutamos hoje. Vamos aprender, portanto com os exemplos do passado para que não caiamos nos mesmos erros hoje (1Co 10:5-12).
Diante de tudo isto, devemos desembainhar a espada do Espírito, que é a Palavra sã de Deus, para cortar todos os fios que nos mantém presos a qualquer coisa que nos atrase, dificulte, desvie ou afaste da plenitude do desfrute da vida do Senhor.
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BABEL E SUA TORRE, A SEMENTE DE BABILÔNIA
Vejamos alguns itens que levaram a formação de Babel:
1 – Uma pessoa de destaque: Ninrode foi o primeiro homem que se destacou com poder entre os descendentes de Adão (Gn 10:8). Foi descrito como valente e poderoso caçador diane do Senhor (Gn 10:9). Ele fundou a cidade de Babel, onde estabeleceu o pricípio do seu reino (Gn 10:10). Assim como ele, hoje muitos homens de Deus figuram como poderosos caçadores diante do Senhor e exercem seu poder e fascínio pela terra, arrebanhando discípulos após si para estabelecerem seus próprios reinos. Os babelianos, discípulos de Ninrode, deveriam sentir orgulho em ter um líder tão especial e valente diante do Senhor. Paulo, contudo, nos alerta: “Eu sei que depois da minha partida entrarão no meio de vós lobos cruéis que não pouparão rebanho, e que dentre vós mesmos se levantarão homens, falando coisas perversas para atrair os discípulos após si.” (At 20:29-30)
Por suas qualidades, o povo confia cada vez mais em seu glorioso líder. Com o tempo todos querem imitá-lo. dái se dizer “como Ninrode” (Gn 10 9). Ninrode passa a ser o único foco, o exclusivo modelo.Todos passam a ler, decorar e citar apenas os escritos dele, falar como ele, pensar como ele, planejar como ele, sentir como ele. Esta pode ser a origem do “mesmo modo de falar” dos moradors de Babel descritos em Gn 11:1. A liderança centralizadora de um homem provoca efeito devastador sobre o crescimento e amdurecimento espiritual dos seus seguidores. A liderança humana é a base do nicolaísmo (controle hierárquico) na igreja, e isso aborrece o Senhor (Ap 2:6). A dependência aos líderes envolve a todos em uma esfera de cuidado paternal. Enquanto estivermos debaixo do cuidado de um “pai espiritual” continuaremos infantís. Como crianças podemos ser levados de um lado para o outro, por todo vento de doutrina e pela astúcia de homens que nos induzem ao erro (Ef 4:14). Uma liderança centralizadora que atua como um pai zeloso, acolhedor e cuidador, retarda ou até mesmo impede a formação dos anciãos (presbíteros) locais.
2 – Uma base, ou alicerce: a cidade de Babel, a partir do momento em que uma pessoa se destaca, ela precisa construir uma base para atingir seus objetivos. É necessário um centro para aglutinar, condensar e direcionar as forças que estão ao seu redor. A maioria dos sistemas controladores precisa de um ou mais centros de controle, os quais podem se manifestar sob a forma de templos, auditórios, estâncias ou até mesmo uma cidade inteira. Nestes locais a liderança organiza, direciona, e conduz as pessoas que estiverem orbitando ao seu redor. Muitos, ao olhar o incidente de Babel, prestam atenção apenas na torre, mas o Senhor atentou para a torre e para a cidade (Gn 11:5). Deus não apenas olha o resultado, mas vai até a base daquilo que nos afasta Dele. A base também pode ser uma doutrina, algo que una e condense, pensamentos, desejos e emoções ao redor de uma meta ou um propósito. Durante a história do cristianismo, nenhum outro propósito foi tão santo, elevado e unificador quanto o da manutenção da unidade da igreja. É em cima desta base que até hoje o catolicismo se assenta e, seguindo seu exemplo, vários outros grupos cristãos seguem a linha.
3 – Uma torre: O lider, após firmar sua base, precisa de algo que destaque, concentre e direcione a atenção e as forças do seu grupo. Os homens sempre precisam de algo que os faça sentir importantes, destacados, especiais. A torre de Babel pode simbolizar qualquer coisa que exalte ou destaque os filhos de Deus entre seus irmãos. Portanto, qualquer obra, doutrina, prática, ensinamento, tática, técnica, projeto, esquema ou, em especial, qualquer revelação que se erga buscando destaque entre os filhos de Deus não é visto com bons olhos pelo Senhor. Hoje, muitos que se dizem apóstolos (enviados) posicionam-se como verdadeiras torres, apresentando-se a si mesmos em nítido destaque em franca oposição ao tipo de vida que nos é mostrado pelos verdadeiros apóstolos na Bíblia. Debaixo da sombra destas verdadeiras torres humanas se abrigam vários tipos de seguidores e fiéis imitadores. O Senhor contudo, nos dá um alerta: No Novo Testamento temos tanto o tanque quanto a torre de Siloé (que também quer dizer apóstolo (Jo 9:7)), enquanto o tanque foi usado pelo Senhor para restaurar a visão do cego, a torre desabou e matou dezoito pessoas que estavam debaixo dela (Jo 9:6-11, Lc 13:4), A cruz é o elemento usado por Deus para impedir que algo, ou alguém se destaque demasiadamente no meio do Seu povo.
4 – Um padrão: As forças centralizadoras precisam estabelecer algum tipo de padrão que crie a sensação de unidade. Não basta apenas uma mesma linguagem, mas necessita-se de um único modo de falar (Gn 10:1). O padrão cria a sensação de união, mas nunca chegará a perfeita união (katartizō no original grego) proposta por Paulo em 1Co 1:20. Em substituição às diversas funções do Corpo e em troca da multiplicidade das manifestação da vida de Cristo encontramos engenhosos esforços cujo único objetivo é direcionar e unificar pensamentos e práticas. Em lugar do serviço conforme a muliforme graça de Deus, há a uniformidade de um sistema criado e sustentado pelo esforço humano (1Pe 4:10).
5 – Um nome: A princípio o nome do líder ganha evidência, em seguida o nome do grupo (o nosso nome) se torna conhecido e famoso (célebre, Gn 11:4). Que nome é esse? Pode ser qualquer um, desde que o grupo seja identificado por ele, oficialmente ou não. De certa forma, os babelianos queriam alcançar as coisas celestiais. Eles eram intrépidos, esforçados e destemidos em sua tentativa de se aproximar de Deus. Todavia, estavam fazendo da maneira equivocada, pois queriam, através da torre, erguer o seu nome e colocá-lo mais próximo de Deus. Não importa a estratégia, a obra ou o esforço usado ou dispendidos, o único caminho até o Pai é Cristo, Ele é o único nome capaz de agradá-Lo. Quando outro nome é usado, o resultado é confusão.
5 – Tijolos queimados: A torre de Babel, em semelhança à obra que o povo de israel realizava para faraó, era edificada com tijolos queimados (Gn 11:3, Ex 1:14). Que contraste com a obra que o Senhor quer realizar em nós! Os tijolos usados para edificar as obras em Babel e no Egito substituem as pedras (Gn 11:4). As pedras, na Bíblia, foram usadas para edificar coolunas e altares , mas principalmente para edificar o Templo em Jerusalém. Enquanto o tijolo precisa de uma forma, um molde, a pedra já formada, precisa ser batida, esculpida, lapidada. Essa mesma contraposição encontramos entre o bezerro de ouro, fundido em um molde (Ex 32:4), e o candelabro, batido e esculpido conforme o modelo de Deus (Nm 8:4). Assim, o tijolo está para o bezerro de ouro, assim como a pedra está para o candelabro. Deus detesta obras feitas de tijolos, mesmo que eles sejam usados para edificar locais de oração (Is 65:3, Ap 5:8).
Precisamos avançar um pouco mais: Além das grandes e chamativas constuções de tijolos, temos também as grandes obras religiosas feitas de pedras naturais. Todas elas o Senhor rejeitará (Mc 13:1, Lc 21: 5-6, Jo 2:19). Nada pode substituir o Senhor! Até mesmo o templo e a própria cidade usada para estabelecer a base da unidade do povo de Deus foram substitídos (Jo 4:21). O
Senhor substituiu tudo o que é palpável para que, pela fé, possamos ver, vislumbrar e nos maravilhar com a Jerusalém celestial, a igreja sem barreiras, tanto em seu aspecto local quanto universal (Hb 12:22-25)
Hoje, a obra de Deus é trabalhar invisivelmente em nosso interior! Estamos na era do que é invisível e não do que é aparente. Ainda estamos na era da realidade e não chegamos na manifestação do reino. A manifestação do reino, no milênio, será palpável, visível, todo olho a verá, porque será exterior. Hoje, a realidade do reino não pode ser vista, pois está em nosso interior (Lc 17: 20-21). A primeira obra que o Senhor faz é nos transformar em pedras vivas, para que, pela fé, possamos oferecer, por intermédio de Jesus Cristo, sacrifícios espirituais e Santos ao Senhor.(1 Pe 2:5). Como vasos de pedra, o Senhor Jesus converte, em nosso interior, toda água de morte, no melhor e mais precioso vinho (Jo 2:6-11). O reino está aonde o Rei está, hoje o Rei dos reis e Senhor dos senhores habita em nosso coração. Cristo, o nosso verdadeiro tesouro não pode ser enconrado em nada que esteja fora de nós (Mt 24:23-27). Se Ele estiver fora, é necessário que entre (Ap 3:20).
6 – Betume: O betume é um composto orgânico derivado do petróleo, usado em construções muito antigas. Ele é usado para aglomerar, unir e calafetar os materiais usados na arca construída por Noé (Gn 6:14) e na edificação da torre de Babel (Gn 11:3). Provavelmente eles queriam uma torre impermeável e resistente à água. A construção da torre pode representar um engenhoso esforço em se obter um lugar seguro, um refúgio para outro possível dilúvio. Se assim fora, os babelianos eram pessoas que não conheciam ou não confiavam nas promessa de Deus (Gn 9:8-16).
7 – Na planície: Assim como Sodoma e Gomora, Babel foi edificada em uma planície (Gn 11:2). Planície é um lugar onde os tijolos podem ser feitos e queimados com mais facilidade, pois há mais abundância de lama, argila, madeira e palha. Nas montanhas é raro encontrarmos tais materiais. Nas montanhas encontramos muitas pedras que precisam ser lavradas. Não façamos como Ló que escolheu habitar nas planícies e foi armando suas tendas até chegar a Sodoma, mas como Abraão que escolheu viver nas montanhas (Gn 13:12). Sejamos, como o Senhor, que se retirava para os montes para orar (Mt 14:23, Mc 6:26, Lc 6:12, Lc 9:28).
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